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Mortos Vivos



 

Periodicamente chegam às telas de cinema ou às bancas das livrarias estórias de mortos vivos, seres fantasmagóricos na fronteira da existência, que já não existindo verdadeiramente continuam a atazanar a vida de quem existe. É o caso recente de mais um filme que estreou. No entanto este texto é sobre outro filme. O filme do quotidiano no nosso país e na nossa governação.

 

O Governo português está a aproximar-se do fim do seu mandato integrado por uma percentagem elevada de mortos vivos. Passos Coelho já o reconheceu implicitamente mas ao que parece alegou que uma limpeza agora daria a ideia de um Governo a descarnar-se pouco a pouco, o que não seria saudável para o seu partido nas próximas eleições.

 

A verdade é que para sermos poupados ao triste espetáculo do descarne, temos que aceitar ser governados por Ministros que já são sombras ou memórias do que foram em tempos idos, como Paula Teixeira da Cruz ou Nuno Crato. Ministros que se forem, e acredito que sejam, pessoas bem formadas, carregam todos os dias consigo o peso do mais profundo fracasso no desempenho das missões que lhe foram confiadas.

 

Permitam-me neste texto refletir um pouco mais sobre a humilhação e angústia de Crato, por conhecer melhor a matéria e também o personagem. Depois de ler textos estimulantes embora discutíveis por ele escritos, conheci pessoalmente Nuno Crato quando este assumiu a Presidência do Tagus Park em Oeiras. Participámos juntos em várias reflexões sobre o modelo de desenvolvimento do País e embora nem sempre estivéssemos de acordo, encontrei em Crato uma vontade transformadora positiva que me permitiu ter alguma expetativa quando o vi tomar as rédeas da educação em Portugal.

 

Depressa perdi essa expetativa. As primeiras decisões que tomou demonstraram o mais perigoso dos erros nos responsáveis políticos. A arrogância e a auto-suficiência, além de terem sido contraditórias com o que tinha afirmado antes de tomar a condução das políticas públicas. 

 

Erros após erros, Nuno Crato é hoje um enorme erro de "casting" que se aguenta no governo como verbo-de-encher, mas que pelo meio vai fazendo mal e semeando volatilidade e insegurança entre milhares de professores, funcionários, famílias e estudantes?

 

Não terá Nuno Crato consciência desta situação? Que razão leva um académico conceituado e político destroçado a não deixar o seu lugar com dignidade, como o fez, a título de exemplo, Francisco José Viegas, quando percebeu que só queriam o seu prestígio para usar de forma mais destra a tesoura dos cortes? Mortos Vivos. O Filme está aí. Não tenciono ir vê-lo. Espero pela estreia próxima do "Portugal em Mudança".

    
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