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Religar




 

Sou por natureza alguém que procura ter uma visão global, perceber as redes e as ligações materiais ou imateriais que fazem acontecer e agir no micro espaço com que interajo para ajudar a que as causas em que acredito sejam vencedoras e os projetos com que me comprometo se concretizem.  

 

Estou cada vez mais convencido da importância deste trabalho de fazedores do “mundo a haver” que nos foi reservado pelo Universo. Da especificidade maravilhosa da nossa missão no cosmos, sejamos ou não crentes e seja qual for a nossa crença ou o motivo da nossa descrença.

 

Na Religião como na Ciência o caminho é ir tecendo, ligando, compreendendo cada vez mais e melhor o porquê das coisas, percebendo que cada partícula é indispensável ao todo e que sem esse todo nenhuma partícula faz sentido.

 

Esta consciência de pertença a uma mesma corrente de evolução é fundamental para reduzir a crispação, a ganância, a intolerância que vão grassando em golfadas cada vez mais fortes pelo planeta.

 

Temos que conseguir voltar a conversar e a dialogar em todos os patamares da nossa existência. A conversar e a dialogar sobre a sustentabilidade do planeta e sobre a forma de partilharmos em comum um património que recebemos dos nossos antepassados e temos obrigação de transmitir viável aos nossos vindouros.

 

A conversar e a dialogar sobre como as desigualdades sociais que acabarão por quebrar a capacidade vida plena quer aos muito pobres espoliados da sua dignidade, quer aos muito ricos despojados da sua humanidade.

 

 A conversar e a dialogar sobre a interdisciplinaridade científica e a proximidade cada vez maior do esboço coletivo de uma teoria de tudo. A conversar e a dialogar sobre o que aproxima as religiões e a combater o seu uso como armas de poder para ambições e interesses que nada têm de espiritual.       

 

A ideia de religar é uma das muitas possibilidades etimológicas para o conceito de Religião. Ao mesmo tempo é também um dos mais fortes impulsionadores do desenvolvimento científico. Tenhamos a coragem de a aplicar às nossas comunidades, às nossas escolhas e às nossas prioridades. Unir em vez de dividir. Somar em vez de subtrair. Convergir em vez de divergir. Compreender em vez de renegar.

 

Religar? Nem que seja a corrente da esperança num futuro melhor, mais justo, mais livre, mais igual, mais fraterno, mais digno e mais feliz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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