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Mobilização Geral

 A pandemia e a penetração cada vez maior das redes sociais e dos contactos virtuais navida quotidianaabafou e enfraqueceu o tecido relacional nas nossas sociedades. É verdade que algumas iniciativas, como os grandes concertos de ar livre ou os grandes espetáculos desportivos parecem ter quebrado o bloqueio. Também as feiras e romarias que fazem parte da nossa identidade têm tido esse papel fundamental de reencontro das pessoas consigo mesmas e com os outros, em particular com as comunidades em que se inserem, em modo presencial.  

 

Faltava, no entanto, o reencontro e a recuperação da identidade partilhada de grupos profissionais que se viram forçados a trabalhar de casa ou a manter distanciamentos sociais forçados durante a pandemia e depois dela. A explosão de rua que tem acontecido em Portugal e em muitos outros países democráticos e livres na Europa e fora dela, têm fundamentos reivindicativos que não são o tema desta crónica, mas refletem também a força do reagrupamento, do sentido de pertença, da agregação pelas causas.

 

Tenho muitos amigos que têm estado envolvidos nas lutas profissionais que têm atravessado a nossa sociedade. Além da convicção de justiça, move-os também a possibilidade de voltarem a gritar juntos palavras de ordem, a partilhar canções e slogans, a sentirem-se parte de um movimento com um propósito. 

 

Reiterando que não estou a analisar conteúdos nem contextos das várias “lutas”, esta nova capacidade de mobilização é um bom sinal de vitalidade democrática e pode e deve ser aproveitada para outros combates em que temos que nos unir e trabalhar juntos.

 

Desde há algumas semanas sou o relator permanente da Comissão de Desenvolvimento do Parlamento Europeu para a Ajuda Humanitária. Neste momento, um em cada 23 seres humanos necessitam de ajuda humanitária de emergência para sobreviverem. O deficit de financiamento é brutal e as condições para intervir em muitos territórios assolados por catástrofes climáticas, terrorismo ou guerra são cada vez mais difíceis. 

 

As sociedades democráticas acordaram para as intoleráveis injustiças do atual modelo de crescimento. A mobilização geral para defender o que nos diz respeito e influencia o nosso dia a dia é um direito e também uma prova saudável de compromisso com o futuro que queremos. Acredito que essa mobilização fará também despertar a empatia coletiva com todos os que sofrem no Planeta que partilhamos. Como dizia uma das canções mais marcantes de abril, somos livres, somos livres de voar, em nome daliberdade com dignidade e justiça. 

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