Boas Contas (Na terra do putativo Nobel)
2011/10/22 17:13
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Se o leitor é como eu uma pessoa de boas contas e pouco dado a aventuras financeiras certamente distingue investimento de despesa corrente e procura que essa despesa não ultrapasse em termos continuados a receita de forma a não se acumularem deficits depois difíceis de controlar e pagar.
Sabemos que nos últimos vinte anos a nossa sociedade como um todo não foi uma sociedade de boas contas. As facilidades decorrentes da adesão ao Euro, das baixas taxas de juro e da abundância de crédito levaram Estado, empresas e famílias a um descontrolo que agora é necessário recuperar.
Mas recuperar como. Voltemos ao exemplo duma família. Se a despesa é 100 e a receita de repente passa para 80 a primeira tendência é para reduzir a despesa em 20. No entanto menor despesa gera muitas vezes menos contactos e menos oportunidades de gerar receita. Todos conhecemos famílias e empresas que entraram em espiral recessiva, correndo atrás da própria sombra e sem nunca alcançar o atestado de honradez, ou quando muito, alçando-o num patamar abaixo da subsistência ou da solvabilidade.
Caminho mais inteligente é cortar as despesas que são desnecessárias e procurar aumentar um pouco as receitas. Equilibrar no 90 / 90 para quando os tempos melhorarem poder aspirar a voltar a um orçamento equilibrado de 100 ou até a crescer.
Os economistas desenvolveram múltiplos modelos de combate quer às espirais inflacionistas, quer às espirais recessivas. Elas são o cancro das economias e podem destruir num ápice todo o tecido produtivo.
Portugal tem à frente do Ministério das Finanças um economista invulgar. Victor Gaspar acredita que é destruindo a nossa economia através duma espiral recessiva que se preparará o terreno para florescer uma nova economia mais viçosa e competitiva. Pelo caminho destroem-se sonhos, projectos, famílias … tudo em nome dum futuro radioso num futuro incerto.
É por esta “ousadia” que Nicolau Santos no Expresso propôs que se Gaspar for bem sucedido deve ganhar o Prémio Nobel da Economia, e suspeito que foi também por isto que o experimentado economista que há em Cavaco Silva rompeu as cautelas institucionais para afirmar a estupefacção com o caminho escolhido.
Boas contas. Disso precisamos. Boas cobaias dum experimentalista a quem os cortesãos hesitam em clamar que vai nu, não precisamos nem devemos ser.
Sabemos que nos últimos vinte anos a nossa sociedade como um todo não foi uma sociedade de boas contas. As facilidades decorrentes da adesão ao Euro, das baixas taxas de juro e da abundância de crédito levaram Estado, empresas e famílias a um descontrolo que agora é necessário recuperar.
Mas recuperar como. Voltemos ao exemplo duma família. Se a despesa é 100 e a receita de repente passa para 80 a primeira tendência é para reduzir a despesa em 20. No entanto menor despesa gera muitas vezes menos contactos e menos oportunidades de gerar receita. Todos conhecemos famílias e empresas que entraram em espiral recessiva, correndo atrás da própria sombra e sem nunca alcançar o atestado de honradez, ou quando muito, alçando-o num patamar abaixo da subsistência ou da solvabilidade.
Caminho mais inteligente é cortar as despesas que são desnecessárias e procurar aumentar um pouco as receitas. Equilibrar no 90 / 90 para quando os tempos melhorarem poder aspirar a voltar a um orçamento equilibrado de 100 ou até a crescer.
Os economistas desenvolveram múltiplos modelos de combate quer às espirais inflacionistas, quer às espirais recessivas. Elas são o cancro das economias e podem destruir num ápice todo o tecido produtivo.
Portugal tem à frente do Ministério das Finanças um economista invulgar. Victor Gaspar acredita que é destruindo a nossa economia através duma espiral recessiva que se preparará o terreno para florescer uma nova economia mais viçosa e competitiva. Pelo caminho destroem-se sonhos, projectos, famílias … tudo em nome dum futuro radioso num futuro incerto.
É por esta “ousadia” que Nicolau Santos no Expresso propôs que se Gaspar for bem sucedido deve ganhar o Prémio Nobel da Economia, e suspeito que foi também por isto que o experimentado economista que há em Cavaco Silva rompeu as cautelas institucionais para afirmar a estupefacção com o caminho escolhido.
Boas contas. Disso precisamos. Boas cobaias dum experimentalista a quem os cortesãos hesitam em clamar que vai nu, não precisamos nem devemos ser.
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