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Emprego (quase) Pleno

A taxa de desemprego em Portugal diminuiu no segundo semestre do ano em curso para 6,7%, caindo quase 10% em relação aos índices dos tempos das políticas de empobrecimento da coligação Passos/ Portas e aproximando o indicador daquilo a que em termos económicos se considera o pleno emprego, tendo em conta que 5% do desemprego é normalmente atribuído à mobilidade natural nas economias abertas.
Esta notícia é excelente. Há mais 280 000 portugueses empregados do que há dois anos e mais 114 000 do que o ano passado. Cada dia a economia portuguesa cria em média 370 novos postos de trabalho. O desemprego de longa duração está a diminuir.
Estes resultados são um incentivo para continuar a trabalhar com coragem, rigor e ambição. Ainda há 350 000 desempregados, dos quais 180 000 de longa duração e cerca de 70 000 jovens. Para cada desempregado a taxa de desemprego é de 100%. É por isso necessário continuar a apostar forte na dinamização da economia e na qualificação dos ativos para que o “quase” seja menos relevante.
A qualidade do emprego e o nível médio de remunerações também subiram, mas neste caso estamos ainda muito longe do que deve ser a nossa meta. Os diferenciais entre os salários mais elevados e os mais baixos é inaceitável e em muitas profissões a dificuldade de recrutamento fica sobretudo a dever-se às condições de trabalho e remuneração oferecidas.
Abordando apenas uma das múltiplas facetas da questão das remunerações, é preciso evitar que a nossa geração mais qualificada de sempre entre no mercado de trabalho com remunerações abaixo do que eram,por exemplo, as remunerações médias dos seus Pais quando deram esse passo. A sub-remuneração dos jovens qualificados provoca a emigração de quadros muitos necessários ao País e retira condições aos que optam por ficar para in iniciarem o projeto de vida com a autonomia que legitimamente ambicionam.
Recordo-me dos discursos catastrofistas quanto ao impacto que o aumento do salário mínimo teria no crescimento da economia portuguesa e na criação de emprego. A realidade mostrou que esse aumento não destruiu emprego e puxou pela procura interna de bens nacionais, melhorando todos os indicadores económicos.
De forma ponderada e rigorosa temos que percorrer um caminho similar com as remunerações médias, em particular dos jovens qualificados que entram no mercado de trabalhoO emprego será mais “pleno” se se basear no valor acrescentado e na produtividade e não nos baixos salários. Estamos no bom caminho mas é preciso acelerar.    
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