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Ilusão a Leste





Por convite da organização tive a passada semana a oportunidade de participar em Krynica – Polónia num estimulante fórum mundial sobre economia. 1500 especialistas de todo o mundo participaram num debate que se realiza numa estância turística num modelo aberto, em que em dezenas de salas em simultâneo e com a presença de animadores (coube-me participar na animação do tema da inovação na indústria e das oportunidades criadas pela economia verde e pela inovação limpa) os participantes circulam e discutem os mais diversos temas da actualidade.



Não sendo o único, o tema da crise financeira mundial e em particular o tema da crise financeira do Euro particularmente centrada no sul da Europa foi um dos aspectos mais debatidos. Realizando-se o Fórum na Polónia ( e não obstante a boa experiência da Eslováquia no Euro) surgiu a tentação de mostrar o melhor comportamento das economias do leste como a prova da ineficiência do Euro.



Penso que a Zona Monetária única podia ser melhor gerida e tem que evoluir para uma zona orçamental e económica mais harmonizada, mas não posso deixar de sublinhar, como sublinhei no Fórum, que os novos Países da UE estão a viver uma ilusão que os países do sul já viveram.



Com os fundos comunitários a acorrer em massa, a zona da Polónia que visitei é um estaleiro onde nascem novas estradas, edifícios, infra-estruturas científicas e tecnológicas. Nós também já vivemos isso e embora não crescendo significativamente, vivemos tempos económicos e sociais incomensuravelmente melhores do que aqueles que estamos a viver agora.



Embora com mais saúde económica e financeira, a generalidade dos países do alargamento ainda têm uma riqueza “per capita” bem inferior aos ditos Países do Sul. Se percorrerem os mesmos caminhos que os países do Sul percorreram depressa chegarão à mesma encruzilhada. A sua grande vantagem é poderem corrigir a rota e avançar já para um modelo de crescimento sustentável e de nova geração.



Infelizmente pareceu-me que não estão a fazer isso, amarrados á ilusão que o problema dos outros é o problema do Euro. Talvez seja também, mas não é isso que explica a diferença de contexto económico. Trata-se duma questão de maturidade. Os Países do Leste podem aprender connosco e crescer melhor que nós. Mas nada acontecerá sem visão política. Neste momento vão direito à mesma parede, só que com uma década de atraso.



PS: Muitos leitores estranharão que escreva sobre o Leste quando o “Oeste” está a pão é água por ação dum governo sem rumo. Um governo que avança às “arrecuas” atropelando todos as normas da economia saudável. Foi uma escolha democrática. Democraticamente teremos que corrigir o erro.

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