Espelho Meu!
2009/02/11 12:53
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
| Link permanente
Não está fácil a vida da líder da oposição. Depois das críticas do Professor Marcelo e de toda a polémica sobre a imagem do PSD, não posso deixar de imaginar a Dra. Manuela Ferreira Leite pela manhã, frente ao espelho, perguntando suplicante se haverá alguém no Partido com melhor imagem do que ela!
Não quero interferir nas questões internas do PSD. A opinião que aqui quero expressar é uma opinião de princípio e focada apenas na relevância dessas questões internas para a compreensão do debate político em Portugal. Considero que não é um sinal muito gratificante para a maturidade da nossa democracia que um Partido do arco da governação se centre na discussão interna sobre a sua imagem, sem aparentemente perceber que a imagem é sempre o reflexo duma mensagem.
É verdade que na sociedade da comunicação em que vivemos, a imagem é fundamental para potenciar qualquer mensagem, mas quando não há mensagem para comunicar é impossível sobreviver muito tempo com base numa imagem construída a partir do vazio.
Será possível a qualquer líder do PSD construir uma imagem robusta em cima duma mensagem baseada na contestação das propostas alheias e não num repositório de ideias próprias? Que imagem pode resultar duma mensagem que risca o investimento estratégico do mapa, considera não exequíveis políticas básicas de apoio às famílias e às empresas e corta cerce qualquer esperança ou proposta com uma lógica reducionista de avaliação estrita do “saldo de caixa”.
Num momento em que o PS se prepara para debater no seu XIV Congresso a realizar em Espinho no final desta semana, matérias de grande relevância para o País, como a aposta nas qualificações, o investimento público criador de emprego e riqueza, a organização do Estado, a política fiscal ou a igualdade de direitos, vai grassando no maior partido da oposição a polémica sobre a imagem ou a ausência de imagem da sua líder. É injusto para a Dra. Manuela Ferreira Leite e não é positivo para o debate político no País.
Nos últimos anos em todo o mundo assistiu-se a uma erosão da política compensada por doses elevadas de técnica e marketing. Os resultados estão á vista. Ou pelo menos estão á vista de quase todos.
No maior Partido da oposição em Portugal continua a haver no entanto muito quem não queira ver e isso terá um preço político no tempo devido. Não é bom para o PSD mas isso não são contas do meu rosário! Mas também não é bom para o debate democrático em Portugal e isso já me preocupa.
Os portugueses sabem que o problema da oposição em Portugal não é de imagem. É de ausência de alternativa e de soluções para os problemas das pessoas, das empresas e do País. Espero que quem de direito tire disto as devidas consequências.
Não quero interferir nas questões internas do PSD. A opinião que aqui quero expressar é uma opinião de princípio e focada apenas na relevância dessas questões internas para a compreensão do debate político em Portugal. Considero que não é um sinal muito gratificante para a maturidade da nossa democracia que um Partido do arco da governação se centre na discussão interna sobre a sua imagem, sem aparentemente perceber que a imagem é sempre o reflexo duma mensagem.
É verdade que na sociedade da comunicação em que vivemos, a imagem é fundamental para potenciar qualquer mensagem, mas quando não há mensagem para comunicar é impossível sobreviver muito tempo com base numa imagem construída a partir do vazio.
Será possível a qualquer líder do PSD construir uma imagem robusta em cima duma mensagem baseada na contestação das propostas alheias e não num repositório de ideias próprias? Que imagem pode resultar duma mensagem que risca o investimento estratégico do mapa, considera não exequíveis políticas básicas de apoio às famílias e às empresas e corta cerce qualquer esperança ou proposta com uma lógica reducionista de avaliação estrita do “saldo de caixa”.
Num momento em que o PS se prepara para debater no seu XIV Congresso a realizar em Espinho no final desta semana, matérias de grande relevância para o País, como a aposta nas qualificações, o investimento público criador de emprego e riqueza, a organização do Estado, a política fiscal ou a igualdade de direitos, vai grassando no maior partido da oposição a polémica sobre a imagem ou a ausência de imagem da sua líder. É injusto para a Dra. Manuela Ferreira Leite e não é positivo para o debate político no País.
Nos últimos anos em todo o mundo assistiu-se a uma erosão da política compensada por doses elevadas de técnica e marketing. Os resultados estão á vista. Ou pelo menos estão á vista de quase todos.
No maior Partido da oposição em Portugal continua a haver no entanto muito quem não queira ver e isso terá um preço político no tempo devido. Não é bom para o PSD mas isso não são contas do meu rosário! Mas também não é bom para o debate democrático em Portugal e isso já me preocupa.
Os portugueses sabem que o problema da oposição em Portugal não é de imagem. É de ausência de alternativa e de soluções para os problemas das pessoas, das empresas e do País. Espero que quem de direito tire disto as devidas consequências.
Comentários