Pelas Pessoas!
2012/02/26 23:51
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Tenho tido a oportunidade de integrar, pelas funções que desempenho no Grupo Parlamentar do PS, as delegações do meu Partido que reuniram com a Troika. Não posso nem quero revelar pormenores do que ocorreu nessas reuniões à porta fechada. As propostas do PS são públicas e as respostas das entidades internacionais cabe-lhe a elas divulgá-las se assim o entenderem. No entanto essas experiências condicionam a minha percepção da realidade e a minha interpretação dos factos.
Estou convencido que quando a Troika fala em racionalizar serviços públicos está a falar em mais eficiência na sua gestão e disponibilização e não em cortes cegos na oferta que só aparentemente e numa primeira face correspondem a poupanças sustentadas para a economia e para a sociedade como um todo.
Todos sabemos que com as novas tecnologias é possível reduzir custos em muitos serviços e que também existe espaço para melhorar a gestão dos recursos disponíveis. Esta perspectiva não se confunde com soluções fáceis de fecho de serviços, que aliada às dificuldades de deslocação de muitos utentes, colocam em causa os direitos constitucionais na igualdade de acesso aos serviços de interesse geral.
O PS e o seu Secretário-geral têm vindo a desenvolver um roteiro de defesa do interior. Essa defesa do interior é também um roteiro de racionalidade e inteligência na gestão do território.
Que sentido e que poupança real decorre do fecho de tribunais já construídos e onde se podem deslocar os magistrados para garantir justiça de proximidade? Que sentido e que poupança resulta da extinção de freguesias rurais cuja sede é muitas vezes a loja do cidadão do seu território. Que sentido e que racionalidade justificam o encerramento de centros e extensões de saúde onde os profissionais se podem deslocar para prestar serviços que de outra forma obrigam a onerosas deslocações dos utentes? Que sentido e que racionalidade emerge da asfixia dos serviços mutualistas de transportes que substituem a ausência de transportes colectivos em muitas zonas do nosso País.
Pode ser a gestão da justiça ser mais eficiente? Pode. Pode a gestão da saúde ser mais eficaz? Pode. Pode a gestão do território ser racionalizada. Pode. Pode o acesso dos cidadãos aos serviços ser melhor gerido? Pode.
Significa tudo isto fechar serviços e instalações a eito? Claro que não. Política sem visão estratégica e consideração pelas pessoas não é política digna de ser posta em prática. É um facilitismo insensível e que nada resolve de estrutural. Apenas serve para agradar á troika. Ou talvez nem isso, porque não é bem isso que eu acho que a troika quer!
Estou convencido que quando a Troika fala em racionalizar serviços públicos está a falar em mais eficiência na sua gestão e disponibilização e não em cortes cegos na oferta que só aparentemente e numa primeira face correspondem a poupanças sustentadas para a economia e para a sociedade como um todo.
Todos sabemos que com as novas tecnologias é possível reduzir custos em muitos serviços e que também existe espaço para melhorar a gestão dos recursos disponíveis. Esta perspectiva não se confunde com soluções fáceis de fecho de serviços, que aliada às dificuldades de deslocação de muitos utentes, colocam em causa os direitos constitucionais na igualdade de acesso aos serviços de interesse geral.
O PS e o seu Secretário-geral têm vindo a desenvolver um roteiro de defesa do interior. Essa defesa do interior é também um roteiro de racionalidade e inteligência na gestão do território.
Que sentido e que poupança real decorre do fecho de tribunais já construídos e onde se podem deslocar os magistrados para garantir justiça de proximidade? Que sentido e que poupança resulta da extinção de freguesias rurais cuja sede é muitas vezes a loja do cidadão do seu território. Que sentido e que racionalidade justificam o encerramento de centros e extensões de saúde onde os profissionais se podem deslocar para prestar serviços que de outra forma obrigam a onerosas deslocações dos utentes? Que sentido e que racionalidade emerge da asfixia dos serviços mutualistas de transportes que substituem a ausência de transportes colectivos em muitas zonas do nosso País.
Pode ser a gestão da justiça ser mais eficiente? Pode. Pode a gestão da saúde ser mais eficaz? Pode. Pode a gestão do território ser racionalizada. Pode. Pode o acesso dos cidadãos aos serviços ser melhor gerido? Pode.
Significa tudo isto fechar serviços e instalações a eito? Claro que não. Política sem visão estratégica e consideração pelas pessoas não é política digna de ser posta em prática. É um facilitismo insensível e que nada resolve de estrutural. Apenas serve para agradar á troika. Ou talvez nem isso, porque não é bem isso que eu acho que a troika quer!
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