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Debates sobre o Território




 

Tenho vindo a promover nos últimos meses em várias bibliotecas públicas da Região e do País (incluindo as Ilhas) e na qualidade de Deputado Europeu, um conjunto de sessões em articulação com os Municípios, intituladas “ZTalks – Diálogos sobre a Europa e o Futuro).

 

Pelo caracter e beleza dos espaços escolhidos para esta iniciativa e pela qualidade dos oradores que tem sido convidados pelas organizações locais, a verdade é que abrindo eu as sessões com um forte apelo de mobilização para que juntos possamos recolocar a União Europeia na linha humanista e solidária que presidiu à sua formação e desenvolvimento, o debate sobre como conseguir esse objetivo desemboca naturalmente nas questões do território e das apostas locais.     

 

Esses debates permitiram-me aprender muito, recolher sugestões e propostas que me responsabilizam no exercício do meu mandato e tirar algumas conclusões intercalares.

 

Verifiquei por exemplo, que ao contrário do País e mesmo nesta fase ao contrário da União Europeia, os territórios têm estratégias claras e bem definidas, Sabem o que querem e para onde iriam se conseguissem.

 

Dito isto vale a pena abordar o condicional. Porque escrevi “para onde iram” em vez de ter escrito escrever “para onde vão”? Afinal estou a falar de territórios normalmente coincidentes com uma dimensão municipal ou intermunicipal e portanto com graus de autonomia estratégica significativos.

 

A questão é que se os territórios por si têm uma estratégia, a articulação da sua estratégia com as opções dos territórios contíguos e frágil, quando não competitiva, e não existe por parte das instituições regionais ou do governo um esforço de agregação em complementaridade dos vários esforços e potenciais.

 

 Não existe pelo menos numa visão transversal e mobilizadora. Temos estratégias de turismo, mobilidade e mais duas ou três, mas uma ideia de País no quadro do mundo e da Europa, dando sentido aos esforços dos diversos patamares territoriais é algo que este Governo não tem.

 

Gostemos ou não, quem nos governa tem uma mensagem financeira. Falta-lhe tudo o resto. E isso tem custos financeiros (e muitos outros) extremamente elevados. Termos ainda energia nos territórios é uma boa notícia. Vê-la desperdiçar-se parcialmente pela ausência de um catalisador político, só aumenta a minha convicção de que precisamos mesmo de uma alternativa de confiança.

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

   

      
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