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Grandes Gestos




 

Visto do Alentejo, de Portugal e mesmo da Europa, o quotidiano está amorfo, atrofiado. A maioria das boas ideias morrem na praia da burocracia ou de qualquer Excel mal calibrado. A confiança no futuro esvai-se e cada vez é mais difícil sonhar (e é o sonho que comanda a vida).

 

As pessoas sobrevivem, com as pequenas grandes alegrias do dia-a-dia e com uma esperança secreta de que alguma coisa de estrutural mude. Desejam que 41 anos depois de Abril, o nosso País retome o caminho do progresso, do desenvolvimento e das oportunidades para quem cá nasceu ou quer viver.

 

 A verdade é que alguma coisa tem que mudar ou então a panela de pressão explode numa revolução social de efeitos incalculáveis.

 

 No marasmo geral todos os dias se vão dando pequenos passos, menos visíveis pela parafernália de comunicação em que hoje estamos mergulhados. No quadro europeu têm sido pequenos passos em frente que permitiram voltar a dar alguma liquidez aos mercado e a animar o consumo e o investimento. No plano nacional têm sido pequenos passos atrás, que mostram um emprego cada vez mais precário, um investimento anémico e um modelo económico errado e sem saída.

 

Sendo defensor de que o caminho se faz caminhando e que com pequenos passos (quando consistentes e orientados por uma visão estratégica global) se fazem grandes mudanças, julgo que para a Europa e para Portugal chegou um tempo em que são precisos grandes gestos.

 

Foi um grande gesto de Mario Draghi que salvou o Sul da Europa duma hecatombe financeira em dominó. Foram, noutro plano, grandes gestos de Obama que fizeram retomar as relações dos EUA com Cuba ou atingir um acordo Nuclear com o Irão.

 

Ando pelas ruas do meu País e sinto a vontade de mudança a borbulhar por todo o lado. As pessoas estão fartas deste governo, dos solavancos da sua governação e da insensibilidade das medidas que toma.

 

Mas sinto também que as pessoas já não se motivam pelas pequenas quezílias, pelas pequenas diferenças, pela disputa de décimas, pelo digo eu e dizes tu, pelos debates em torno dum caminho mais ou menos afastado mas tendencialmente paralelo.

 

 As portuguesas e os portugueses esperam um grande gesto de mudança. Eu acredito que o PS e a sua equipa serão capazes desse grande gesto.       
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