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Chave de Ouro (Sobre a nova Ponte sobre o Degebe)

A abertura ao trânsito da Ponte do Albardão sobre o Rio Degebe na Estrada Nacional 256,tornando mais próximas as cidades de Évora e Reguengos de Monsaraz e abrindo o acesso à dimensão turística e agropecuária de Alqueva e ao trabalho extraordinário desenvolvido pelos edis de Reguengos e Mourão, constitui simbolicamente uma chave de ouro com que se encerra mais um ciclo de gestão autárquica no Distrito do Évora. 

Um ciclo que foi marcado por uma segunda fase do mandato em que o PS assumiu a governação central e mais uma vez, como sempre aconteceu no passado, não deixou ficar mal a sua marca de água de ser o Partido do Alentejo e dos Alentejanos.       
Em mais de 40 anos de poder autárquico e de democracia, os investimentos críticos para o desenvolvimento da nossa região sempre obedeceram a uma conexão frutuosa - MunicípiosSocialistas abertos à colaboração com o poder central e um poder central liderado pelo PS.

É claro que existem exceções. Por vezes a sementeira estava tão adiantada que não podia ser travada como é o caso do desenvolvimento do cluster aeronáutico em Évora ou do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA). Noutros casos foram desenvolvidas parcerias com as associações da Sociedade Civil, como bem exemplifica o magnífico Parque de Feiras de Beja dinamizado com a associação promotora da Ovibeja. Em Sines, hoje um hubestratégico fundamental para região, para o País e para a Europa, o autarca local não sendo eleito pelo PS, aceitou colocar os interesses do Concelho, da Região e do País acima dos calculismos partidários e nas eleições seguintes acabou por ter que se candidatar comoindependente, num Município que é hoje socialista.

Desde que iniciei a minha participação ativa na política local e regional, tive sempre bem presente a noção que nada no Alentejo se pode e deve fazer de forma sectária. Somos demasiado poucos para excluir do que quer que seja os que têm opções ou visões políticas diferentes. Quando presidi ao “Proalentejo” nunca descriminei autarquias ou promotores pela sua matriz política ou opção partidária. Não defendo que ninguém o deva ou possa fazer.

Coisa diferente é a atitude desses promotores ou autarquias. É diferente lidar com os trabalham para acumular capital de queixa e os que trabalham para resolver os problemas das pessoas e das suas comunidades. Por isso decidi dedicar este texto à simbólica conclusão da nova travessia rodoviária sobre o Degebe. Muitos usaram aquele estrangulamento como um anátema contra o poder central e contra a velhinha JAE, hoje com outra roupagem e quadro institucional.

Os autarcas socialistas, o seu deputado e muitas outras pessoas da região meteram mãos à obra. Cooperaram com o poder central em vez de o acusar. A obra nasceu. É uma chave de ouro que não encerra nada, mas mostra a todos como podemos fazer acontecer um futuro melhor.   




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