O Beijo (Sobre évora e o seu Futuro)
2013/12/14 17:39
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Maria do Céu Ramos, Secretária Geral da
Fundação Eugénio de Almeida (FEA), numa interessante entrevista ao suplemento
cultural do Jornal Público (Ipsilon), usou uma analogia de enorme significado
metafórico.
Disse ela, e cito de memória, que Évora é como
uma princesa adormecida à espera dum beijo que a consiga despertar.
A FEA é uma prestimosa Fundação que
cumpriu recentemente 50 anos e foi meritoriamente agraciada com a ordem do
Infante D. Henrique pelo Presidente da República. O seu trabalho em prol da
cultura e da economia regional é notável e merece ser sublinhado. A equipa que
a lidera merece o reconhecimento de todos nós.
Podemos dizer que não tem sido por falta
de beijos da FEA que Évora continua adormecida. Nem por falta de beijos da FEA
nem por falta de reconhecimento de outros agentes. Ainda recentemente a
Associação Internacional de Agências de Viagens a considerou como o melhor
destino turístico em Portugal.
Évora tem hoje todas as condições para
acordar como uma princesa de desenvolvimento e futuro. Além da sua história,
cultura e identidade, tem vindo a ser escolhida por empresas de referência para
nela se instalarem.
A Embraer e as 16 empresas que já
confirmaram a sua instalação no Parque de Ciência e Tecnologia são bem a prova
de que esta cidade e esta região têm futuro, independentemente dos governantes
de agora terem feito do Tejo uma versão moderna do rio do esquecimento, para
além do qual nada é para fazer ou apoiar.
Devemos ter orgulho da nossa terra e
procurar de forma activa fazer das oportunidades pontos de não recuo, para que
os nossos jovens aqui se possam fixar e as nossas instituições, com a
centenária Universidade de Évora à cabeça se possam robustecer.
A
Universidade de Évora terá em breve mais um processo de escolha dos seus corpos
dirigentes. A Universidade tem que ser o pólo dinamizador e aglutinador das
múltiplas oportunidades com que Évora se depara, para que as acções criem
raízes e não aconteçam sem deixar rasto.
Também para a Universidade de Évora um
beijo retemperador vinha mesmo a calhar.
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