Inovação Política
2009/01/04 22:45
| Malha Larga
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Durante a última década, face à aceleração da competição global, a inovação económica e empresarial baseadas no conhecimento, na tecnologia e na criatividade, constituíram a principal ferramenta de criação de valor e de sustentabilidade social.
Enfrentamos hoje um novo desafio. O falhanço dos modelos financeiros e o seu impacto na economia real, deram um novo protagonismo à economia política, questionando as ideias feitas e exigindo uma nova visão na forma como as políticas públicas podem contribuir para o desenvolvimento harmonioso das sociedades. A inovação política tem hoje que enquadrar a inovação social e económica, se quisermos que estas tenham músculo e ambição disruptiva.
A ameaça que paira sobre a economia global é também uma oportunidade de reposicionamento de Países como Portugal, que por vicissitudes diversas não estiveram na fronteira do desenvolvimento, no ciclo que agora termina. Países rede numa sociedade em rede, com sociedades tendencialmente cosmopolitas e nas quais a capacitação pelo conhecimento e pelo acesso às redes globais podem fazer a diferença.
A inclusão digital é o grande desafio das nações e do mundo de hoje, conjugando saber e conexão como geradores de capacidade de relacionamento, iniciativa e criação de riqueza. Sociedades digitalmente frágeis são sociedades desarmadas para o combate da cidadania e para o combate da economia.
A Infoexclusão é uma questão política central para o nosso tempo. Sem um combate sério à Infoexclusão os modelos económicos globais podem ser mais ou menos bem sucedidos no fomento do crescimento e na criação de empregos mas tenderão sempre a agravar as desigualdades e as assimetrias.
O agravamento das assimetrias e das desigualdades tem fortes consequências na economia, na saúde e na vitalidade do tecido social e na mobilização dos cidadãos para a participação cívica.
Do ponto de vista económico, a fragilidade das qualificações e a impossibilidade de conexão às redes de conhecimento reduzem a produtividade das empresas e das organizações, estiolam a criatividade e o talento e colocam em causa a competitividade de empresas, sectores ou territórios.
Em termos da vitalidade do tecido social gera bolsas de exclusão / risco social com fortes custos para a sociedade e consequências directas e indirectas na segurança, na equidade e no bem-estar das sociedades.
No que diz respeito à participação cívica e ao acesso aos serviços públicos e privados on-line, cria uma distorção grave de acesso e de exclusão a quem não lhes acede por não ter competências e recursos, nem pode pugnar por eles nas novas plataformas de participação e decisão.
Em termos da promoção da segurança, sociedades pobres em conhecimento partilhado são sociedades mais atomizadas e menos preparadas para respostas conjuntas às novas ameaças globais, com configuração incerta e como tal, credoras de reacções rápidas e vigilância repartida.
Num contexto de inovação política, a formação ao longo da vida e o acesso à Banda Larga devem ser encaradas como serviços de acesso universal. Os ganhos de inclusão, potencial de investimento, ganhos de eficiência energética e económica, acesso potencial a novos mercados e melhoria no acesso aos serviços públicos são incomensuráveis. Quem melhor desenvolver a dupla plataforma de conectividade e de saber é quem melhor enfrentará os desafios da economia emergente.
Por muito que alguns digam que devagar se vai ao longe, este é um tempo de acção rápida e determinada. Inovar politicamente implica mobilizar, qualificar e conectar. Esta é uma agenda que Portugal está a testar com resultados reconhecidos. Mas é também o embrião duma nova agenda para renovar a ambição num mundo mais justo e sustentado.
Enfrentamos hoje um novo desafio. O falhanço dos modelos financeiros e o seu impacto na economia real, deram um novo protagonismo à economia política, questionando as ideias feitas e exigindo uma nova visão na forma como as políticas públicas podem contribuir para o desenvolvimento harmonioso das sociedades. A inovação política tem hoje que enquadrar a inovação social e económica, se quisermos que estas tenham músculo e ambição disruptiva.
A ameaça que paira sobre a economia global é também uma oportunidade de reposicionamento de Países como Portugal, que por vicissitudes diversas não estiveram na fronteira do desenvolvimento, no ciclo que agora termina. Países rede numa sociedade em rede, com sociedades tendencialmente cosmopolitas e nas quais a capacitação pelo conhecimento e pelo acesso às redes globais podem fazer a diferença.
A inclusão digital é o grande desafio das nações e do mundo de hoje, conjugando saber e conexão como geradores de capacidade de relacionamento, iniciativa e criação de riqueza. Sociedades digitalmente frágeis são sociedades desarmadas para o combate da cidadania e para o combate da economia.
A Infoexclusão é uma questão política central para o nosso tempo. Sem um combate sério à Infoexclusão os modelos económicos globais podem ser mais ou menos bem sucedidos no fomento do crescimento e na criação de empregos mas tenderão sempre a agravar as desigualdades e as assimetrias.
O agravamento das assimetrias e das desigualdades tem fortes consequências na economia, na saúde e na vitalidade do tecido social e na mobilização dos cidadãos para a participação cívica.
Do ponto de vista económico, a fragilidade das qualificações e a impossibilidade de conexão às redes de conhecimento reduzem a produtividade das empresas e das organizações, estiolam a criatividade e o talento e colocam em causa a competitividade de empresas, sectores ou territórios.
Em termos da vitalidade do tecido social gera bolsas de exclusão / risco social com fortes custos para a sociedade e consequências directas e indirectas na segurança, na equidade e no bem-estar das sociedades.
No que diz respeito à participação cívica e ao acesso aos serviços públicos e privados on-line, cria uma distorção grave de acesso e de exclusão a quem não lhes acede por não ter competências e recursos, nem pode pugnar por eles nas novas plataformas de participação e decisão.
Em termos da promoção da segurança, sociedades pobres em conhecimento partilhado são sociedades mais atomizadas e menos preparadas para respostas conjuntas às novas ameaças globais, com configuração incerta e como tal, credoras de reacções rápidas e vigilância repartida.
Num contexto de inovação política, a formação ao longo da vida e o acesso à Banda Larga devem ser encaradas como serviços de acesso universal. Os ganhos de inclusão, potencial de investimento, ganhos de eficiência energética e económica, acesso potencial a novos mercados e melhoria no acesso aos serviços públicos são incomensuráveis. Quem melhor desenvolver a dupla plataforma de conectividade e de saber é quem melhor enfrentará os desafios da economia emergente.
Por muito que alguns digam que devagar se vai ao longe, este é um tempo de acção rápida e determinada. Inovar politicamente implica mobilizar, qualificar e conectar. Esta é uma agenda que Portugal está a testar com resultados reconhecidos. Mas é também o embrião duma nova agenda para renovar a ambição num mundo mais justo e sustentado.
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