A Europa em Causa?
2009/03/17 16:22
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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Devemos ao processo de construção europeia um dos mais longos períodos de paz e prosperidade na Europa. Poderá por isso parecer excessivo e injusto dizer que a Europa está em causa e que joga o seu futuro imediato na forma como conseguir responder à crise global e ao realinhamento geoestratégico em curso no mundo. Essa é no entanto a minha convicção profunda. Tão profunda quanto a certeza de que com liderança e determinação é possível aproveitar as dificuldades para reforçar o projecto europeu.
Durante as últimas décadas os cidadãos europeus trocaram tacitamente participação democrática e envolvimento nos processos de decisão pela garantia de progresso contínuo e de sustentação dum território de liberdade e bem-estar. O progresso contínuo é impossível de garantir. Os europeus não aceitarão no entanto que as instituições europeias, de cariz comunitário ou inter-governamental, falhem na qualidade das respostas e não estejam à altura dos desafios com que se confrontam.
Neste contexto, há um programa mínimo que em minha opinião os Países da União Europeia e as instituições comunitárias têm que cumprir para que a Europa, tal como a conhecemos e sonhámos, não fique em causa.
O respeito pela identidade e pela capacidade de decisão á escala nacional e regional é uma das matrizes essenciais do projecto europeu. Isso não deve no entanto por em causa afirmação da UE como uma potência global, com uma palavra determinante na definição dos modelos de regulação global dos mercados, no combate às alterações climáticas e na recuperação da capacidade económica de gerar riqueza e emprego de forma ética e sustentada.
Os Europeus, mais ou menos informados sobre os detalhes das questões europeias, têm hoje uma dúvida legítima. Será a União Europeia parte da solução ou parte do problema face à crise global? Compete aos líderes europeus dissiparem as dúvidas, mostrando que a UE é parte essencial da solução, já no Conselho Europeu da próxima semana.
Durante as últimas décadas os cidadãos europeus trocaram tacitamente participação democrática e envolvimento nos processos de decisão pela garantia de progresso contínuo e de sustentação dum território de liberdade e bem-estar. O progresso contínuo é impossível de garantir. Os europeus não aceitarão no entanto que as instituições europeias, de cariz comunitário ou inter-governamental, falhem na qualidade das respostas e não estejam à altura dos desafios com que se confrontam.
Neste contexto, há um programa mínimo que em minha opinião os Países da União Europeia e as instituições comunitárias têm que cumprir para que a Europa, tal como a conhecemos e sonhámos, não fique em causa.
O respeito pela identidade e pela capacidade de decisão á escala nacional e regional é uma das matrizes essenciais do projecto europeu. Isso não deve no entanto por em causa afirmação da UE como uma potência global, com uma palavra determinante na definição dos modelos de regulação global dos mercados, no combate às alterações climáticas e na recuperação da capacidade económica de gerar riqueza e emprego de forma ética e sustentada.
Os Europeus, mais ou menos informados sobre os detalhes das questões europeias, têm hoje uma dúvida legítima. Será a União Europeia parte da solução ou parte do problema face à crise global? Compete aos líderes europeus dissiparem as dúvidas, mostrando que a UE é parte essencial da solução, já no Conselho Europeu da próxima semana.
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