Boa Politica
2009/04/03 11:08
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Quem escreve regularmente uma coluna há mais de 15 anos e é um verdadeiro apaixonado pela nobreza da boa política, corre o risco de por vezes se repetir. Suspeito que já noutras ocasiões terei anunciado neste espaço ter chegado um tempo novo, mais marcado pelos valores e pela ética do que pelo egoísmo e pelos jogos de poder sem consistência moral e apelando em consequência a uma maior participação de todos.
Se já o fiz, é altura agora de reconhecer que nunca isso foi tão necessário como agora e talvez nunca tenha sido tão estimulante. A crise global, provando a falibilidade das mãos invisíveis e dos modelos tecnocráticos, veio dar novo oxigénio à política, á necessidade de melhorar a participação dos cidadãos, a profundidade dos debates e a qualidade das escolhas.
A dimensão ética com que Barack Obama tem vindo a exercer o seu mandato na Casa Branca é uma referência para todos os governos do mundo. Na grande nação americana, os jovens estão a participar cada vez mais na política tendo sido o principal esteio eleitoral do novo Presidente e a governação tem feito apostas firmes na transparência dos negócios e em sectores determinantes como as energias renováveis e as redes de nova geração, afrontando interesses instalados e rasgando horizontes de esperança para o futuro.
Com as devidas proporções, a verdade é que a agenda política para o desenvolvimento posta em prática por Obama não difere muito das linhas fortes da política que está a ser concretizada em Portugal. São políticas com a mesma raiz de valores e matriz progressista, e que apostam na fronteira tecnológica, na competitividade e na inovação e nas políticas de proximidade e de inclusão social.
Entre as muitas diferenças normais entre a realidade e a prática americana e a realidade e a prática portuguesa há uma que me preocupa sobremaneira. Ao contrário do movimento gerado por Obama nos EUA, em Portugal a boa política ainda não conseguiu tornar-se suficientemente atractiva para chamar à participação cívica mais activa os jovens e outros segmentos dinâmicos da nossa sociedade.
Os portugueses participam na comunidade e muitos estão dispostos ao voluntariado social mas são poucos os que abraçam com paixão, não a carreira política, mas a política como contributo para melhorar a sociedade e dar sentido mais ético à vida.
Por isso, num ano particularmente activo no que diz respeito às escolhas políticas não hesito em fazer um apelo à participação e á mobilização em nome da boa política. Não apenas um apelo ao exercício do voto, mas um apelo ao exercício da cidadania na construção das diversas propostas e projectos políticos e na sua aplicação quando sufragadas maioritariamente pelos eleitores.
A prática da boa política é uma das actividades que mais enobrecem a acção das mulheres e dos homens que assumem a vida como um projecto de transformação, realização pessoal e compromisso com os outros. A boa política somos nós que a fazemos, participando e agindo com qualidade, empenho e respeito pelo interesse geral em nome dos princípios e dos valores em que acreditamos.
Se já o fiz, é altura agora de reconhecer que nunca isso foi tão necessário como agora e talvez nunca tenha sido tão estimulante. A crise global, provando a falibilidade das mãos invisíveis e dos modelos tecnocráticos, veio dar novo oxigénio à política, á necessidade de melhorar a participação dos cidadãos, a profundidade dos debates e a qualidade das escolhas.
A dimensão ética com que Barack Obama tem vindo a exercer o seu mandato na Casa Branca é uma referência para todos os governos do mundo. Na grande nação americana, os jovens estão a participar cada vez mais na política tendo sido o principal esteio eleitoral do novo Presidente e a governação tem feito apostas firmes na transparência dos negócios e em sectores determinantes como as energias renováveis e as redes de nova geração, afrontando interesses instalados e rasgando horizontes de esperança para o futuro.
Com as devidas proporções, a verdade é que a agenda política para o desenvolvimento posta em prática por Obama não difere muito das linhas fortes da política que está a ser concretizada em Portugal. São políticas com a mesma raiz de valores e matriz progressista, e que apostam na fronteira tecnológica, na competitividade e na inovação e nas políticas de proximidade e de inclusão social.
Entre as muitas diferenças normais entre a realidade e a prática americana e a realidade e a prática portuguesa há uma que me preocupa sobremaneira. Ao contrário do movimento gerado por Obama nos EUA, em Portugal a boa política ainda não conseguiu tornar-se suficientemente atractiva para chamar à participação cívica mais activa os jovens e outros segmentos dinâmicos da nossa sociedade.
Os portugueses participam na comunidade e muitos estão dispostos ao voluntariado social mas são poucos os que abraçam com paixão, não a carreira política, mas a política como contributo para melhorar a sociedade e dar sentido mais ético à vida.
Por isso, num ano particularmente activo no que diz respeito às escolhas políticas não hesito em fazer um apelo à participação e á mobilização em nome da boa política. Não apenas um apelo ao exercício do voto, mas um apelo ao exercício da cidadania na construção das diversas propostas e projectos políticos e na sua aplicação quando sufragadas maioritariamente pelos eleitores.
A prática da boa política é uma das actividades que mais enobrecem a acção das mulheres e dos homens que assumem a vida como um projecto de transformação, realização pessoal e compromisso com os outros. A boa política somos nós que a fazemos, participando e agindo com qualidade, empenho e respeito pelo interesse geral em nome dos princípios e dos valores em que acreditamos.
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