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Tempo de Borrego (crónica de segunda - feira de Páscoa


Oxalá esteja hoje bom tempo, (está!)  para a tradição bem alentejana de se comer o borrego no campo se não perca. A crise vai levar muitos portugueses a regressar ao campo e a ver a sua terra com outro encanto. A Páscoa é um eterno recomeço e o ovo pascal que substituiu as antigas degolas, dá à comunhão fraterna um sentido de doçura, muito importante no meio da crispação do nosso quotidiano.


Sei que o arranque desta crónica parecerá um pouco bucólico. O País não nos dá razões para calmas e o desemprego já ultrapassou os 15%, mas por vezes mesmo no meio do combate é preciso respirar fundo e olhar à volta.


Uma tristeza ténue apoderou-se de nós. Não apenas dos portugueses mas em certa medida dos europeus, mesmo aqueles que pertencem a países em melhor situação económica. As nossas sociedades estão envelhecidas, casmurras, desiludidas.

Reuni no dia em que escrevo este texto com uma delegação do Governo Argentino. Falaram-me duma taxa de crescimento de 9%, duma sociedade jovem e alegre, do contraste que sentiram ao ver o olhar distante dos portugueses com que se cruzaram nas ruas.

Temos hoje uma América Latina Progressista e progressiva e uma Europa Conservadora e estagnada.


Claro que mesmo estagnada a Europa tem padrões de vida invejáveis (em média) face a outras regiões do globo. A diferença é que eles estão a crescer e a melhorar e nós estamos a descer e a mirrar.

Precisamos mesmo de parar, respirar fundo e olhar á volta. Para onde vamos? Para onde nos levam?


Amanhã lançarei em Lisboa um pequeno livro sobre a Gestão da Felicidade. É um pequeno e despretensioso olhar sobre o futuro. Sobre o futuro esperado, sobre o futuro desejado e sobre o futuro possível. Uma forma que encontrei de respirar um pouco no meio da turbulência do dia-a-dia.



Já tinha idade para ter juízo dizem-me os meus amigos! Não me conformo. Sou otimista e acredito que somos nós que fazemos acontecer. Que traçamos o destino. Que matamos o Borrego e partimos para um novo ciclo.



Seja com esse sentido de transformação e esperança que possamos hoje partilhar o borrego no campo e olhar o futuro com os pés na terra.











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