Imparidades
2009/01/23 23:12
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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A crise do capitalismo financeiro global e os seus impactos em Portugal, nuns casos mais sistémicos e noutros mais endémicos (más práticas e burlas financeiras) trouxe para o léxico comum um novo e curioso vocábulo, que cumpre na perfeição a função de eufemismo para que foi repescado. Refiro-me às “imparidades” que de repente foram sendo descobertas nos balanços mais expostos à especulação financeira e geridos sem uma forte matriz ética de referência.
Sendo a economia um processo dinâmico com mais ou menos imparidades (desequilíbrios criativos), a súbita profusão de imparidades destrutivas pode anunciar um tempo de mudança de ciclo e de oportunidade para a economia mundial.
A economia industrial foi alterada nos seus fundamentos pela emergência da sociedade da informação e do conhecimento. Ao tentar compreender a crise actual parece evidente que a separação entre a economia baseada na produção de activos e a economia baseada na especulação sobre esses activos, teve um papel determinante na erosão das regras éticas e dos valores e na degradação da tipologia das imparidades.
Será que esta constatação anuncia à escala global e também por inerência à escala nacional uma nova paridade entre a economia e as tecnologias da informação e da comunicação, imbricando mais e melhor o potencial das redes de comunicação e de conhecimento nos modelos produtivos e dando origem a uma nova vaga económica e ao predomínio da economia do conhecimento sobre a mera economia da informação?
Há cada vez mais autores a pensarem que sim. O facto de o pensarem, mais do que qualquer previsão, vai influenciar a realidade emergente. E se assim for, mais será rentabilizada a aposta determinada que Portugal está a fazer para preparar as novas gerações para a sociedade do conhecimento e para alargar a inclusão digital dos portugueses.
Sendo a economia um processo dinâmico com mais ou menos imparidades (desequilíbrios criativos), a súbita profusão de imparidades destrutivas pode anunciar um tempo de mudança de ciclo e de oportunidade para a economia mundial.
A economia industrial foi alterada nos seus fundamentos pela emergência da sociedade da informação e do conhecimento. Ao tentar compreender a crise actual parece evidente que a separação entre a economia baseada na produção de activos e a economia baseada na especulação sobre esses activos, teve um papel determinante na erosão das regras éticas e dos valores e na degradação da tipologia das imparidades.
Será que esta constatação anuncia à escala global e também por inerência à escala nacional uma nova paridade entre a economia e as tecnologias da informação e da comunicação, imbricando mais e melhor o potencial das redes de comunicação e de conhecimento nos modelos produtivos e dando origem a uma nova vaga económica e ao predomínio da economia do conhecimento sobre a mera economia da informação?
Há cada vez mais autores a pensarem que sim. O facto de o pensarem, mais do que qualquer previsão, vai influenciar a realidade emergente. E se assim for, mais será rentabilizada a aposta determinada que Portugal está a fazer para preparar as novas gerações para a sociedade do conhecimento e para alargar a inclusão digital dos portugueses.
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