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O Desafio da Indústria 4.0.



A criação de riqueza e de emprego resulta em larga medida da capacidade de produzir bens e serviços necessários à sociedade.

Muitas vezes quando se introduzem novos conceitos, como por exemplo o conceito de “Indústria 4.0” para o qual o Governo apresentou uma estratégia nacional no fim do mês de janeiro deste ano, pensa-se que isso significa abandonar aquilo que as regiões e os territórios melhor sabem fazer na indústria tradicional.

Não é assim. Quem sabe, tem prestígio e conhece os mercados parte à frente e deve continuar a fazer o que sabe, modernizando os processos e utilizando as novas ferramentas da sociedade digital e da economia colaborativa. É esse o desafio para o mundo, para a Europa, para Portugal e para o Alentejo em particular.

A estratégia nacional para a Industria 4.0 engloba um conjunto de 60 medidas concretas, de iniciativa pública e privada, com a meta de modernizar mais de 50 000 empresas e requalificar desde já 20 000 trabalhadores, dotando-os das competências digitais necessárias à reconfiguração das suas tarefas. Com esta estratégia o Governo estima injetar na economia portuguesa 4,5 mil milhões de euros de investimento no horizonte dos próximos 4 anos.

Sendo o conceito de indústria 4.0 muito ligado ao aproveitamento das redes e das plataformas tecnológicas que permitem otimizar os processos de criação de valor de uma forma colaborativa, não faria sentido que a estratégia para o seu desenvolvimento não fosse concebida numa lógica colaborativa e envolvendo as empresas, as instituições e os representantes da sociedade civil. Foi isso que aconteceu, e de acordo com a informação prestada pelo Governo, é assim que se vai continuar a proceder no processo de implementação e de monitorização.

Não pretendo neste texto de opinião sintetizar ou divulgar os múltiplos conteúdos e oportunidades associados à estratégia nacional para a indústria 4.0. Quero sobretudo alertar todos os que me leem, estejam associados ao ramo da economia que estiverem, mais ou menos tradicional, mais ou menos mecanizado, mais ou menos sofisticado, que esta estratégia também é convosco. Serão aplicados 2,26 mil milhões de euros do programa Portugal 2020 para incentivar e apoiar a adoção do conceito e das práticas que lhe estão associadas. Não podemos desperdiçar a oportunidade, tanto mais que nos modelos de incentivos propostos existem formatos que se adequam a empresas de diversas dimensões, focos e características.

A Estratégia Nacional para a Industria 4.0 também é uma estratégia para as “start ups” e para as novas empresas tecnológicas ou para as ditas empresas “de ponta”. Mas não é apenas para essas. É para todas as empresas que querem competir nos novos mercados, alavancadas pelas novas ferramentas tecnológicas. Aproveitemos o desafio para crescer e criar mais e melhor emprego na nossa terra.




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