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Coelho "Mágico"


 



Dizem que Pedro Passos Coelho tem dotes vocais e que os exerceu (eu vi um extrato) quando num passo de mágica tentou que fossem os trabalhadores a arcar quase em exclusividade com a taxa social única (TSU) mais um dos truques desmascarados pela oposição e pelo povo português.

 

A célebre iniciativa da TSU foi apenas um dos muitos truques contra o Estado de Direito perpetrados pela coligação PSD/CDS e desmascarados pelas pessoas, pela oposição e pelo Tribunal Constitucional.

 

Os mágicos tradicionais tiravam coelhos da cartola. Em Portugal, temos um Primeiro-ministro que usou a “magia” da dissimulação para chegar ao poder e agora não se coíbe de a continuar a usar para lá continuar.

 

O último truque tem a ver com a reação do Governo ao seu nono chumbo no crivo do Tribunal Constitucional.

 

 Aproximando-se eleições legislativas, na Primavera de 2015 como seria do interesse nacional ou no Outono de 2015 como está por enquanto previsto, Coelho procura criar nos cidadãos a ilusão da normalidade e de branqueamento do brutal empobrecimento que o seu governo provocou na economia e nas famílias portuguesas.

 

Segundo ele já não haverá reforma da segurança social (a segurança social precisa de ser reformada mas não com cortes retroativos nem com a sobrecarga dos encargos pagos pelo trabalho) e os salários dos funcionários públicos serão repostos de acordo com aquilo que o governo designa abusivamente por “Cortes de Sócrates”.

 

A verdade é que desde “Sócrates” ou seja do orçamento de 2011 os impostos indiretos e diretos subiram brutalmente pelo que a simples reposição das condições base, além de retratar um falhanço dos 3 anos de austeridade deste governo, não permite repor aos funcionários públicos os níveis de rendimento que então usufruíam.

 

Considerando só os cortes diretos (impostos e descontos no ordenado) e seguindo dados de aplicação do modelo publicados pela Revista Visão, um ordenado bruto de 1600 Euros que se traduzia num ordenado líquido de 1127 Euros em 2011 é agora reduzido a 973 Euros. Na mesma linha de cálculo e arredondamento, um ordenado de 3000 Euros permitia receber 1773 Euros em 2011 e agora apenas 1482 e um ordenado bruto de 4500 Euros permitia em 2011 receber 2511 líquidos e hoje 2086 Euros.

 

A esta quebra de rendimento líquido acresce o aumento de alguns custos sociais (transportes, taxas moderadoras, propinas) a inflação e o aumento de impostos indiretos como o IVA com reflexos no custo de vida.

 

Coelho no Pontal falou de normalidade. Que normalidade? Só se for a normalidade do empobrecimento e da “magia” que faz desaparecer património público, poder de compra, emprego e dignidade no nosso País desde que o “mago” comanda os seus destinos.   

  

 
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