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Apagão (Lá se foi o TGV)



O que mais me choca não é a incompetência e a complacência com que o Governo vai gerindo o apagão da nossa economia e da nossa classe média. O que me incomoda é a arrogância e a falta de humildade com que isso é feito.


Todos os dias o Governo anuncia o fim de programas, projectos, medidas e iniciativas. Poderia fazê-lo apresentando escolhas alternativas, outras opções ou outros caminhos mobilizadores.


Poderia até simplesmente dizer que não era capaz e não estava á altura do desafio que essas medidas e programas constituem. Não é no entanto isto que tem acontecido. O fim dos projectos e das políticas tem sido anunciado com gáudio e ar triunfalista, como se destruir por destruir tivesse algum mérito ou nos levasse a algum sítio.


Este é um governo cujo balanço de ação é constituído não pelo que fez mas pelo que interrompeu ou impediu de ser feito. Pelas estruturas de saúde que fechou, pelos programas de prevenção que descontinuou, pelas escolas que não terminou, pelas iniciativas sociais que não financiou, pelos grandes projectos que empatou até os tornar inviáveis.


Esta semana o grande anúncio do Governo foi o fim da ambição de ligar Lisboa ao centro da Europa por via ferroviária de alta velocidade.

Como bem lembrou o Edil de Elvas Rondão de Almeida, durante a campanha eleitoral Pedro Passos Coelho chegou a dizer que trocaria o TGV por empregos e melhores de condições de vida para as pessoas.

Deveria por isso ter anunciado o fim do projeto com uma listagem exaustiva dos empregos criados pelo reinvestimento (a verdade é que serão muitos empregos destruídos e nenhuns os criados) e dos investimentos no bem-estar das pessoas feitos em alternativa.


Os pobres em Portugal estão a viver uma situação aflitiva e a destruição da rede social que a classe média sempre constitui tornará ainda mais precária a sua situação. Uma classe média moribunda dá ao Governo, um ilusório sentido de conforto. Há menos contestação nas ruas e um certo sentimento de que já nada vale a pena que vai tolhendo os entusiasmos. Mas os portugueses são um povo que não se deixa apagar da história.



Com a decisão de não fazer o TGV o País ficou mais periférico, mas o Governo mostrou por uma vez a sua verdadeira natureza. É um governo sem energia. Desistiu. Só falta, no devido tempo democrático, nós desistirmos dele.







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