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Medos de Véspera




 

Dos meus tempos de estudante, recordo-me que depois de trabalhar com seriedade ao longo do ano ou do semestre numa determinada disciplina, havia sempre um momento, algumas horas antes do exame, em que era percorrido pela sensação que me tinha esquecido de tudo e nada tinha aprendido.

 

Bastava nessa altura um pequeno esforço de concentração e de recordação do trabalho feito, para reganhar a confiança e com normalidade chegar ao dia da prova e colher o resultado do conhecimento adquirido.

 

Vem esta nota a propósito da quebra momentânea de confiança que me parece perpassar por aqueles que nos últimos quatro anos sofreram na pele e viram sofrer os seus amigos e vizinhos, a política de empobrecimento geral e enriquecimento seletivo, posto em prática pelo governo português que piores resultados económicos e sociais conseguiu desde o 25 de Abril.

 

Bastou o circo da propaganda sair à rua, onde ficará cada vez mais estridente até que o Sr. Presidente da República se digne dar uma oportunidade à democracia para remover o mau governo que temos, para logo se começarem a ouvir aqui e ali os murmúrios de receio.

 

Estranho receio perante um governo que canta sucesso enquanto os aviões continuam a partir cheios de quem não consegue emprego na sua terra. Um governo que se mostra incapaz de gerar uma dinâmica de retoma do investimento e emprego na nossa economia, mesmo com todos os novos instrumentos europeus ao seu serviço (Fundo Juncker, Horizonte 2020, Parceria 2020 etc …).

 

 E se eles ganham outra vez? Dizem os murmuradores acabrunhados. Que vai ser de nós se os aforradores de dinheiro com vendas ao desbarado do património coletivo e com um endividamento pautado pelo critério do serviço ao sistema financeiro e não ao bem-estar dos cidadãos, voltam a ter a maioria dos votos?

 

A escolha é nossa. Basta pensar um pouco para perceber que a tentativa de encantamento a que a direita nos quer submeter é apenas um artificio eleitoral, que desaparecerá no minuto seguinte, caso atinjam o seu objetivo. 

 

Ao longo de 40 anos de Democracia o povo português tem demonstrado uma enorme sabedoria no momento de fazer as suas escolhas. Por essa Europa fora os governos que se tornaram servos da austeridade têm sofrido derrotas estrondosas. O governo português também vai cair democrática e legitimamente às mãos duma clara maioria para a alternativa da esquerda democrática. Este é um tempo de vésperas.

 

 Sem recear o adversário, a esquerda democrática tem que proclamar com alegria e convicção a sua alternativa. Nada de medos. O exame de Setembro é para ganhar com distinção a bem de Portugal e dos portugueses. 

 

 
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