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A Força de Acreditar





Recentemente, numa animada tertúlia com amigos de diversas formações académicas, experiências profissionais, posicionamentos ideológicos e opções espirituais, a conversa solta conduziu à reflexão sobre um tema muito curioso; até que ponto a fé católica publicamente conhecida do selecionador nacional Fernando Santos contribuiu para a vitória da Seleção Nacional de Futebol no Europeu de França?    

Mais curioso ainda, é que fazendo parte da tertúlia crentes de diversas religiões e de diferentes espiritualidades, agnósticos e ateus, todos acabaram por concluir que a fé do selecionador tinha sido um dos componentes chave para as circunstâncias que nos levaram à vitória.

No consenso da tertúlia, isso não aconteceu em particular por Fernando Santos ser católico, mas por ser crente. Porque a força de acreditar se transmite e dissemina, atrai energia positiva, propaga pensamento ganhador, gera confiança, afasta o medo nos momentos mais difíceis, deixa sempre entreaberta a porta da vitória ou do cumprimento daquilo em que se acredita.

Pela sua composição a tertúlia não ousou fazer avaliações comparativas sobre o “ranking” das crenças. Terá a mesma importância acreditar na força do bem como acreditar na força do mal? Se em vez de um selecionador acreditar na força agregadora de uma entidade boa, se respaldasse na crença de que uma entidade maléfica enfraqueceria os adversários até os vergar à derrota, isso teria o mesmo efeito?

Deixo estas reflexões inacabadas à atenção do leitor, quem sabe para animar algumas conversas mais descontraídas de fim de tarde estival.

Por mim, destaco a importância do propósito e do sentido para que na vida se consigam os objetivos que definimos. E afirmo a minha própria crença que esses propósitos e esses sentidos têm mais força se iluminados por um sentido do bem comum, definido em cada momento e em cada circunstância.

Voltemos ao futebol. A crença num resultado que conduzia ao bem comum de uma equipa e de um povo, não é contrário ao direito das outras equipas ambicionarem o mesmo?

A resposta para mim é não. Normalmente a força de acreditar é um jogo de soma positiva. No desporto a força de acreditar gera no limite um equilíbrio, num patamar superior de qualidade e entrega.   

Curioso também é que a força de acreditar também muda a vida. Algumas coisas boas que têm acontecido recentemente ao nosso País resultam dum aumento da confiança dos portugueses em si próprios, libertados que foram das narrativas derrotistas de Cavaco e Coelho e inspirados que estão pela combatividade empenhada de Marcelo e Costa. Haja força.
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