Xangai
2010/05/09 16:41
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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A Expo Xangai é um evento mundial que reflecte as dinâmicas de mudança que estão a ocorrer na sociedade e na economia global. A sua dimensão e localização são sinais da maior importância geopolítica e geoestratégica e que consolidam, após os Jogos Olímpicos de Pequim, a chegada plena da China à primeira linha de decisão e de definição dos padrões de desenvolvimento da nova era global.
Visitei Xangai pela primeira vez em 2007 acompanhando uma visita oficial do Primeiro-Ministro e fiquei fascinado pela pujança e pela imponência do crescimento daquela grande metrópole. Agora, cerca de 3 anos depois tive oportunidade de voltar a Xangai e o fascínio não foi menor. Neste curto período nasceu uma “nova cidade” que acolhe a Expo 2010. Uma cidade que procura ser um exemplo do que virão a ser as cidades sustentáveis do futuro.
Quando verificamos a forma explosiva como crescem as cidades na China e noutras zonas emergentes do planeta compreendemos como é crítica a questão da sustentabilidade das cidades e da sua capacidade de viver com energias limpas e baixas emissões de carbono. Desse passo depende a viabilidade do planeta e a qualidade de vida de todos nós.
Portugal desenvolveu o seu pavilhão na Expo Xangai em torno duma ideia simples. Se queremos melhores cidades e melhor qualidade de vida precisamos de energia amiga da natureza. Em Portugal nós sabemos o que o isso é, como se produz e como se dissemina pelo mundo. Temos empresas líderes e centros de saber de referência. Somos parceiros da solução.
Sendo um País que ao longo da sua história tem rasgado novos horizontes para a humanidade, Portugal pode agora afirmar-se como uma praça para o mundo propondo a sua experiência e os seus reconhecidos resultados no desenvolvimento de energias limpas aproveitando o vento, o sol, a água e a biomassa nas suas diversas formas.
O impacto da visão expressa pelo Pavilhão Português foi muito forte. O pavilhão é bonito, criativo na sua cobertura em cortiça, interessante no seu conteúdo, mas não pode competir na imponência da forma com instalações de Países com mais recursos e que investiram somas consideravelmente maiores. É no entanto muito forte no conceito que propõe e na actualidade da aposta nas novas energias.
As empresas portuguesas que participaram no Seminário sobre Energias Renováveis que tive a oportunidade de abrir, tiveram múltiplas propostas de parceria e a maior dificuldade na gestão desse seminário foi distribuir os sessenta lugares disponíveis em cada dia temático pelas centenas de solicitações de empresas de energia e de universidades de toda a China.
A curiosidade dos jornalistas e dos visitantes não engana. O tema da energia é central no actual patamar de desenvolvimento do nosso planeta e Portugal é olhado como um forte aliado da solução. Isso é bom para a nossa imagem, mas também para a nossa economia.
Como me dizia o Cônsul de Portugal em Xangai, a nossa diplomacia tem hesitado ao longo dos tempos entre ser uma diplomacia de valores ou uma diplomacia de interesses. Com as energias renováveis pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, e esta é uma oportunidade única a não desperdiçar.
Visitei Xangai pela primeira vez em 2007 acompanhando uma visita oficial do Primeiro-Ministro e fiquei fascinado pela pujança e pela imponência do crescimento daquela grande metrópole. Agora, cerca de 3 anos depois tive oportunidade de voltar a Xangai e o fascínio não foi menor. Neste curto período nasceu uma “nova cidade” que acolhe a Expo 2010. Uma cidade que procura ser um exemplo do que virão a ser as cidades sustentáveis do futuro.
Quando verificamos a forma explosiva como crescem as cidades na China e noutras zonas emergentes do planeta compreendemos como é crítica a questão da sustentabilidade das cidades e da sua capacidade de viver com energias limpas e baixas emissões de carbono. Desse passo depende a viabilidade do planeta e a qualidade de vida de todos nós.
Portugal desenvolveu o seu pavilhão na Expo Xangai em torno duma ideia simples. Se queremos melhores cidades e melhor qualidade de vida precisamos de energia amiga da natureza. Em Portugal nós sabemos o que o isso é, como se produz e como se dissemina pelo mundo. Temos empresas líderes e centros de saber de referência. Somos parceiros da solução.
Sendo um País que ao longo da sua história tem rasgado novos horizontes para a humanidade, Portugal pode agora afirmar-se como uma praça para o mundo propondo a sua experiência e os seus reconhecidos resultados no desenvolvimento de energias limpas aproveitando o vento, o sol, a água e a biomassa nas suas diversas formas.
O impacto da visão expressa pelo Pavilhão Português foi muito forte. O pavilhão é bonito, criativo na sua cobertura em cortiça, interessante no seu conteúdo, mas não pode competir na imponência da forma com instalações de Países com mais recursos e que investiram somas consideravelmente maiores. É no entanto muito forte no conceito que propõe e na actualidade da aposta nas novas energias.
As empresas portuguesas que participaram no Seminário sobre Energias Renováveis que tive a oportunidade de abrir, tiveram múltiplas propostas de parceria e a maior dificuldade na gestão desse seminário foi distribuir os sessenta lugares disponíveis em cada dia temático pelas centenas de solicitações de empresas de energia e de universidades de toda a China.
A curiosidade dos jornalistas e dos visitantes não engana. O tema da energia é central no actual patamar de desenvolvimento do nosso planeta e Portugal é olhado como um forte aliado da solução. Isso é bom para a nossa imagem, mas também para a nossa economia.
Como me dizia o Cônsul de Portugal em Xangai, a nossa diplomacia tem hesitado ao longo dos tempos entre ser uma diplomacia de valores ou uma diplomacia de interesses. Com as energias renováveis pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, e esta é uma oportunidade única a não desperdiçar.
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