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Kigali

Foi com grande curiosidade que aterrei dia 17 de novembro em Kigali, capital do Ruanda, para co-presidir à 38 Assembleia Parlamentar África, Caraíbas e Pacífico (ACP) / União Europeia (UE). Uma Assembleia que junta 78 eurodeputados e 78 parlamentares dos Países ACP, dando voz a quase 2 biliões de cidadãos.

Deste o terrível genocídio de 1993/1994 em que uma confrontação étnica tirou a vida a mais de um milhão de pessoas, que o Ruanda ficou marcado na nossa memória coletiva pelas piores razõesContudo, o Paísfoi-se tornando nos últimos anos um dos mais bem-sucedidos de África em quase todos os parâmetros e indicadores, facto ainda mais significativo se considerarmos que fica localizado numa das regiõesmais problemática e tem um território totalmente interior.

Kigali não me dececionou nos seus contrastes e no seu colorido africano. O centro da cidade é estruturado, limpp, verdearejado e bonito. As estatísticas mostram que a cidade e o País não fogem ao padrão da desigualdade que caracteriza o continente, com a maioria da população vivendo no limiar da pobreza e um grupo crescente de famílias que exibem um bom padrão de vida, formando um embrião de classe média em crescimento, fundamental para conter as oligarquias os seus abusos.

Fiquei com a sensação clara que a modernização deKigali (como não visitei outros territórios não me atrevo a generalizar) é o resultado de uma governação musculada e visionária. A segurança e o controlo respiram-se por todos os poros, mas é gratificante ver como algumas medidas de combate à poluição, ao desperdício e ao sedentarismo tem impacto positivo na paisagem e servem de exemplo para outros países do grande continente africano.

Ainda no avião fui informado que não poderia entrar no País com sacos de plástico. Uma condição aplicada com alguma flexibilidade, mas visível no quotidiano. Na minha estadia praticamente não me cruzei com o uso de plásticos descartáveis.  Outra medida simbólica é o dia dedicado mensalmente ao desporto e ao ambiente, durante o qual não podem circular na cidade veículos motorizados.

Não obstante os contrastes, Kigali fez jus à fama e às notas positivas que sobre ela me transmitiram. Contrastes são aliás a marca de uma África dilacerada por múltiplos conflitos locais e regionais, mas ao mesmo tempo a desabrochar como um continente jovem e com futuro.

Antes de deixar a cidade visitei o memorial do genocídio. Entre o terror do passado e a esperança no amanhã, a África tem uma escolha a fazer e a União Europeia tem tudo a ganhar em ser sua parceira na cooperação e no desenvolvimento, em nome de um futuro melhor para todos.  
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