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A Escolha



Esta é a última crónica que publico no DS antes das eleições legislativas do próximo Domingo. Não é este o espaço para qualquer apelo ao voto numa lista ou candidato específico. Espero que todos os que me lêem exerçam em consciência o seu direito e o seu dever cívico, fazendo a escolha que considerarem melhor para o seu futuro, o futuro das suas famílias e comunidades, das suas terras e do nosso País.

As eleições que se seguem são sempre as mais importantes. Dizer que a escolha de dia 27 é absolutamente determinante pode parecer um lugar-comum, mas não há duvida que se joga muito nestas eleições.

Joga-se muito nestas eleições no País, mas joga-se ainda mais na nossa Região e no nosso Distrito. O Alentejo elege apenas oito dos duzentos e trinta deputados da Nação. O Distrito de Évora elege apenas três desses oito.

Face ao princípio constitucional da proporcionalidade esta sub-representação política só pode ser mitigada com alterações do sistema político como a Regionalização, ou na impossibilidade desta, com um sistema de duas câmaras. Até que isso aconteça, no entanto, a melhor forma de compensar o pouco peso Político da nossa Região e do nosso Distrito é dar força a quem tem ideias e projectos que os colocam Évora e Alentejo no centro do modelo de desenvolvimento do País e da sua integração com a Europa e o Mundo.

É por isso que nestas eleições, para além da escolha normal entre Partidos e Candidatos, há uma outra escolha mais profunda que os alentejanos e os eleitores do Distrito de Évora têm que fazer em consciência. É a escolha entre a conexão e o isolamento, entre fazer parte da solução ou perecer no abandono, entre correr riscos ou descair na dolência da fuga ao compromisso.

Sei que muitos alentejanos se sentem confortáveis numa certa moleza desculpabilizante e sei também que estas minhas palavras podem não ser simpáticas para os que tentam escapar do compromisso com o futuro, com a ambição e com o desenvolvimento. Mas são palavras que exprimem uma convicção profunda.

Ir a jogo ou ficar de fora é o cerne da escolha que vamos ser chamados a fazer. Já referi e reafirmo que não é este o espaço para fazer apelos a votos específicos nem para identificar os heróis e os vilões desta história. É apenas o espaço para realçar a importância de escolher e traçar as fronteiras do que em minha opinião está em jogo nessa escolha.

Gostaria que dia 27 de Setembro, o Alentejo fosse notícia por uma elevada participação eleitoral, civicamente exemplar e com opções claras. Quem me lê sabe porque opções luto. Mas há um princípio fundamental que prevalece sobre tudo. O princípio da participação e do exercício da escolha.

Não deixem de escolher! Isso fortalece a nossa voz e abre novas oportunidades para o nosso futuro comum. Bons votos e muitos votos é o voto que vos deixo nesta crónica.







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