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Infiltrados

A vida não está fácil para os analistas económicos e financeiros nem para os especialistas na matéria. Uma das consequências mais marcantes da crise financeira que assola o mundo foi a percepção da falência da análise económica estritamente quantitativa e dos modelos explicativos inflexíveis e simplistas.

A incapacidade de prever com o mínimo de critério científico os movimentos dos mercados reduziu a credibilidade dos economistas em geral perante a opinião pública. O impacto não foi no entanto igual para todos. Neste primeiro embate a economia política levou claramente a melhor sobre a “economics”.

Quem quiser vencer a segunda ronda terá no entanto que ir mais além. Em contexto de complexidade só será possível antecipar tendências a quem for protagonista das suas dinâmicas e estiver infiltrado nos modelos reais de geração dos factos e eventos futuros.

É por isso que acredito que os tempos que se aproximam são tempos para serem vividos com intensidade e em que os vencedores serão os autores e não os espectadores. Aliás, a “riqueza das nações” dependerá muito da relação de forças entre estes dois grupos. Quem tiver mais autores do que espectadores tenderá a ter mais sucesso do que quem desenvolver uma atitude maioritária de passividade expectante.

É este o maior desafio que a actual crise internacional coloca a Portugal e a cada um de nós. Estar infiltrado no desenho do futuro exige conhecimento, tecnologia e inovação, mas também visão estratégica, ambição e coragem.

Exige tomar o destino nas nossas mãos e aceitar o desafio de sermos protagonistas da mudança, mesmo que isso implique incerteza, risco e inveja dos que se deixam ficar pelas bermas a ver passar a corrida.

A verdade é que dos críticos de bancada não reza a história. Já dos que arriscaram ir á luta estão as páginas cheias, nem todos coroados de glória, mas todos com a insofismável prova de que viveram a vida e marcaram o seu tempo e os tempos vindouros.
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