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Pipa de Massa




 

Segundo o Presidente da Comissão Europeia ainda em exercício Durão Barroso, Portugal vai receber dos fundos europeus nos próximos seis anos uma “pipa de massa” orçada em cerca de 26 000 Milhões de Euros.

 

Não gostei do estilo nem do enquadramento em que Durão Barroso anunciou o suposto “bodo aos pobres” da Comissão Europeia perante uma aquiescência tímida de Passos Coelho e da sua reverencial equipa.

 

A União Europeia não nos dá nada que não nos pertença por direito próprio e muito menos nos dá o seu cessante Presidente da Comissão. Um Presidente que sendo português, realizou um primeiro mandato razoável tendo em conta a sua matriz ideológica, mas que no segundo mandato foi tão infeliz que a sua anunciada saída é uma das poucas esperanças que animam a hipótese dum relançamento do espírito europeu.

 

Os fundos estruturais fazem parte dos Tratados e compensam os choques assimétricos que resultam da integração de economias com níveis de maturidade diferentes. Nós temos direito a uma “pipa de massa” porque o facto de termos que competir sem barreiras com regiões muito mais desenvolvidas do espaço europeu nos custa também uma “pipa de massa”, que nos últimos anos até tem sido de tamanho superior à recebida.

 

A questão chave não é no entanto a quantidade da “pipa ” carregada no dorso pelo Presidente de turno, mas o uso que o governo em Portugal lhe vai dar. As “pipas” recebidas no passado foram em larga medida desperdiçadas, mas o atual governo agravou muito as práticas de mau uso de fundos comunitários, começando mesmo a destruir pedra por pedra os sistemas que os fundos comunitários ajudaram a modernizar e a tornar competitivos, como o sistema científico nacional, as indústrias inovadoras, o sistema universitário e politécnico, os serviços públicos de acesso universal, a escola pública ou os programas de requalificação ou valorização profissional.

 

Dessa “pipa” uma barrica jeitosa chegará ao nosso Alentejo. Com a dimensão territorial e o mercado esquelético que temos, o dinheiro aqui chegado tem que ser usado com particular atenção, privilegiando ações com eficiência coletiva e que contribuam para a fixação de pessoas no território.

 

O Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), que tive o gosto de aprovar para candidatura quando fui Secretário de Estado da Energia e da Inovação, e cuja adjudicação do edifício central ocorreu dia 31 de Julho, tem sido até agora um bom exemplo de cooperação entre ativa entre os diversos atores regionais. Tomemos este bom exemplo e multipliquem-se por todo o território. Já que vem aí uma “pipa de massa” aproveitemo-la até ao último cálice.   

 

    
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