Quem defende o Alentejo?
2009/01/25 23:05
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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A líder da oposição anunciou numa entrevista recente à RTP que se fosse eleita riscaria do mapa o TGV, em particular a ligação de alta velocidade para passageiros e mercadorias entre Lisboa e Madrid e a sua derivada para Sines.
Esta decisão, se concretizada, teria um forte impacto negativo no Alentejo e nas suas expectativas de desenvolvimento futuro. Nesta circunstância, os responsáveis políticos locais e regionais têm obrigação de se pronunciar sobre a intenção de Manuela Ferreira Leite e de se unir no seu repúdio.
Curioso será verificar a atitude das distritais alentejanas do PSD, que terão que se distanciar inequivocamente da proposta da sua líder, se quiserem dar prova de valorização dos interesses da região em detrimento de interesses demagógicos e eleitoralistas de curto prazo.
Em períodos de contenda eleitoral os Partidos enfrentam a tentação de prejudicar regiões com pouco peso eleitoral para captar simpatias em territórios com mais gordo pecúlio de eleitores. Só isso pode explicar a desasada proposta de riscar o TGV, rasgando acordos internacionais e coarctando as hipóteses de desenvolvimento harmonioso de quase um terço do território nacional.
A decisão de construir um comboio de alta velocidade é uma decisão complexa e que foi tomada depois de análises técnicas aprofundadas e difíceis negociações políticas e financeiras com Espanha e com a Comissão Europeia. Como todas as decisões complexas, a construção do TGV Lisboa - Madrid para passageiros e mercadorias e da sua derivada para Sines têm vantagens e riscos.
As vantagens mais evidentes são a ligação estratégica do País às redes transeuropeias, a captura já garantida de 400 milhões de Euros de financiamento comunitário e a afirmação do Alentejo como uma plataforma logística de elevado potencial, cruzando a rede ferroviária com os Aeroportos de Beja e de Alcochete e com o Porto de Sines. O risco é a existência dum eventual deficit futuro de exploração, caso não se concretizem todos os projectos de desenvolvimento associados a este investimento.
Esta análise parece evidenciar que as vantagens potenciais para o País são superiores aos riscos. Notícias recentes dão conta do bom posicionamento de consórcios nacionais para a construção dos troços já em concurso, o que aumentará também o impacto do investimento na criação de emprego e no desenvolvimento das competências tecnológicas nacionais.
Qualquer que seja a perspectiva de análise há uma verdade insofismável. A alta velocidade de passageiros e mercadorias entre Lisboa – Madrid e a sua derivada para Sines são uma grande oportunidade para o Alentejo e um investimento decisivo para viabilizar outros investimentos previstos para a nossa região, muitos deles desenhados no pressuposto da ligação da nossa região às redes ferroviárias transeuropeias.
É por tudo isto que a ameaça de Ferreira Leite tem que ser tida em conta com seriedade pelos alentejanos. Este é um momento de ver quem defende o Alentejo e quem está disposto a trocá-lo pela ilusão fugaz dum ganho político momentâneo. É o futuro que está em causa. E saber quem defende o Alentejo hoje, é importante para ver quem pode garantir esse futuro amanhã.
Esta decisão, se concretizada, teria um forte impacto negativo no Alentejo e nas suas expectativas de desenvolvimento futuro. Nesta circunstância, os responsáveis políticos locais e regionais têm obrigação de se pronunciar sobre a intenção de Manuela Ferreira Leite e de se unir no seu repúdio.
Curioso será verificar a atitude das distritais alentejanas do PSD, que terão que se distanciar inequivocamente da proposta da sua líder, se quiserem dar prova de valorização dos interesses da região em detrimento de interesses demagógicos e eleitoralistas de curto prazo.
Em períodos de contenda eleitoral os Partidos enfrentam a tentação de prejudicar regiões com pouco peso eleitoral para captar simpatias em territórios com mais gordo pecúlio de eleitores. Só isso pode explicar a desasada proposta de riscar o TGV, rasgando acordos internacionais e coarctando as hipóteses de desenvolvimento harmonioso de quase um terço do território nacional.
A decisão de construir um comboio de alta velocidade é uma decisão complexa e que foi tomada depois de análises técnicas aprofundadas e difíceis negociações políticas e financeiras com Espanha e com a Comissão Europeia. Como todas as decisões complexas, a construção do TGV Lisboa - Madrid para passageiros e mercadorias e da sua derivada para Sines têm vantagens e riscos.
As vantagens mais evidentes são a ligação estratégica do País às redes transeuropeias, a captura já garantida de 400 milhões de Euros de financiamento comunitário e a afirmação do Alentejo como uma plataforma logística de elevado potencial, cruzando a rede ferroviária com os Aeroportos de Beja e de Alcochete e com o Porto de Sines. O risco é a existência dum eventual deficit futuro de exploração, caso não se concretizem todos os projectos de desenvolvimento associados a este investimento.
Esta análise parece evidenciar que as vantagens potenciais para o País são superiores aos riscos. Notícias recentes dão conta do bom posicionamento de consórcios nacionais para a construção dos troços já em concurso, o que aumentará também o impacto do investimento na criação de emprego e no desenvolvimento das competências tecnológicas nacionais.
Qualquer que seja a perspectiva de análise há uma verdade insofismável. A alta velocidade de passageiros e mercadorias entre Lisboa – Madrid e a sua derivada para Sines são uma grande oportunidade para o Alentejo e um investimento decisivo para viabilizar outros investimentos previstos para a nossa região, muitos deles desenhados no pressuposto da ligação da nossa região às redes ferroviárias transeuropeias.
É por tudo isto que a ameaça de Ferreira Leite tem que ser tida em conta com seriedade pelos alentejanos. Este é um momento de ver quem defende o Alentejo e quem está disposto a trocá-lo pela ilusão fugaz dum ganho político momentâneo. É o futuro que está em causa. E saber quem defende o Alentejo hoje, é importante para ver quem pode garantir esse futuro amanhã.
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