Intuição
2013/09/15 09:53
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Estava uma noite mágica em Foros de Vale
Figueira, morna e coberta dum céu límpido como só o Alentejo tem. Era
sexta-feira treze. Um grupo alargado de gente jovem e outra mais madura
celebrava a cidadania. Eles querem tomar nas suas mãos o destino da sua Freguesia
e decidiram acompanhar Olímpio Galvão na sua disputa da Câmara Municipal de
Montemor Novo.
Confesso que a qualidade e a jovialidade
da candidatura que apoio e integro em Montemor, me tem surpreendido de forma
muito agradável. São pessoas de formações diversas e complementares bem consigo
e com a vida e que num momento difícil decidiram dar tudo à sua terra.
No meio da festa coube-me dizer umas
palavras. Podia ter feito uma intervenção convencional. Razões não faltavam. O
poder local é cada vez mais importante para suprir a devastação social que o
governo central está a provocar. Menos pensões, menos saúde, menos educação,
menos emprego, menos perspectivas de futuro.
Agora mais do que nunca o papel das
autarquias locais é fundamental. Elas têm que dar respostas de proximidade
àqueles que paulatinamente o Governo vai abandonando. Escolher bem a equipa que
vai governar cada Concelho é não apenas um ato de cidadania, como se torna cada
vez mais um ato de inteligência e sobrevivência para muitos portugueses.
Podia ter feito um discurso convencional
mas não fiz. Abandonei as notas simples que tinha e falei da intuição. A
intuição é o sal das coisas. O que cito a seguir é mera memória. Como me cito a
mim mesmo penso que me perdoarão qualquer imprecisão. E então disse.
“Os
meus amigos dizem que sou muito intuitivo. É difícil dizer se têm razão. Dou-me
bem com o sol e com a lua, com o vento, com a floresta e com o mar. Gosto das
pessoas. Só abarcando a plenitude do mundo em que vivemos podemos perceber o
rumo no meio da complexidade e encontrar o caminho no meio do caos. A intuição
não dispensa o estudo aturado, o trabalho rigoroso, a verificação científica,
mas dá-nos pistas, hipóteses, soluções inovadoras no meio da tempestade”.
Os
meus amigos dizem que sou intuitivo. Há uns meses estava a almoçar quando me
ligaram a desafiar para concorrer á Presidência da Assembleia Municipal do
nosso Concelho. Devia ter pedido para pensar, analisar, ponderar, mas
intuitivamente disse que sim.
Hoje
que conheço melhor os desafios que temos e a grande equipa que reunimos
quero-vos dizer que pelo menos desta vez os meus amigos tiveram razão. A minha
intuição estava certa e diz-me que vamos fazer coisas muito boas por este
Concelho e por esta Freguesia”. Acreditem que Vamos.
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