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Pela União Europeia (UE)






 

Na sequência das duras negociações entre o Governo Português e a Comissão Europeia, cumprindo as regras do Semestre Europeu com o atraso devido ao processo eleitoral e à constituição de um novo Governo em Portugal, alguns observadores mais exaltados têm afirmado que é necessário travar um combate contra a UE. Discordo.

 

 Espera-nos um combate difícil e estimulante, mas não um combate contra a UE. Terá que ser, antes, um combate na UE e pela UE.   

 

A União Europeia é um projeto democrático. Quando escolhemos os Eurodeputados para o Parlamento Europeu, os Primeiros-Ministros que vão integrar o Conselho Europeu ou os Governos a quem cabe propor os Comissários que formam o colégio da Comissão Europeia, estamos a dar sinais sobre as políticas que democraticamente desejamos ver aplicadas.

 

A visão neoliberal ainda predominante nas instituições europeias é o resultado do voto maioritário dos cidadãos europeus na direita e no centro direita. O grande desafio para quem pugna por uma Europa dos valores, da sensibilidade social e da sustentabilidade económica e ambiental é mobilizar os cidadãos europeus para outras escolhas, descolando os votos da direita neoliberal para a esquerda moderna e progressista, evitando ao mesmo tempo o perigo maior da sua fuga para as várias ofertas populistas disponíveis.

 

Ainda que com regras do jogo algo marcadas por Tratados fortemente blindados, mas não inexpugnáveis à vontade política, o grande combate a travar na União Europeia é um combate político pela supremacia democrática de um modelo que volte a recuperar os ideais fundadores do projeto europeu, adaptados aos novos desafios do Século XXI.

 

A crise económica, o desemprego jovem, a insegurança física, os riscos no acesso à energia ou na proteção da privacidade na nova sociedade digital, exigem respostas políticas credíveis.

 

É na formulação e concretização de respostas atrativas a estes desafios que se tem que consolidar a viragem a favor da esquerda progressista do combate pela UE, pela sua integridade e pela sua capacidade de ser influente no contexto da globalização.

 

 Combater contra a UE é escolher o adversário errado. Combater por uma UE melhor, mais robusta, mais forte e mais focada nas pessoas e no desenvolvimento é a prioridade nestes tempos difíceis que vivemos.

 

 

 

 

 

 

 
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