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Os Vilões




 

Pela análise dos estudos de opinião feitos na generalidade dos países democráticos, os políticos são os grandes vilões do século XXI e da crise social e económica que vai grassando pelo planeta.

 

Certamente que os políticos, e digo-o assumindo plenamente a minha condição de representante político, têm muitas culpas no cartório e outras que nem registadas estão, mas uma análise mais detalhada do que aconteceu nas últimas duas décadas, em particular na União Europeia, não pode deixar de nos fazer pensar noutra correlação.

 

 Mais do que o sistema político, o que mudou nestes anos foi o sistema de regulação financeira e a autonomia crescente dos bancos centrais.

 

Perante uma crise de origem financeira, os responsáveis do sistema, quer no plano europeu (em especial o Banco Central Europeu - BCE), quer no plano nacional (em especial os autónomos Presidentes dos Bancos Centrais e muito em especial o Banco Central Alemão), a responsabilidade da má gestão tem que ser no mínimo repartida entre os políticos e os banqueiros centrais, já que os outros banqueiros apenas se aproveitaram da fragilidade destes.    

 

Conhecedores dos meus gostos e dos debates salutares que vamos tendo no plano familiar, os meus filhos, que estudam ambos em domínios correlacionados com a economia e a gestão internacional, ofereceram-me no Natal um livro de Phillipe Legrain (Primavera Europeia, Relógio de Água 2014) cuja leitura recomendo e que é muito esclarecedor do tópico que abordo nesta crónica (embora noutros temas, como a transição energética, deixe muito a desejar).

 

Legrain, reputado especialista internacional que foi entre 2011 e 2013 Conselheiro Independente do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, de quem se afastou por não ter vistas acolhidas as suas sugestões, mostra de forma clara como em todos os momentos decisivos na gestão da crise financeira europeia, o BCE e o Banco Central Alemão, sob a poderosa longa mão do Governo Alemão, optaram pelos credores em detrimento dos contribuintes.

 

A acção de emergência de Mario Draghi, o atual presidente do BCE ao anunciar que o Banco Central Europeu fará o necessário para salvar o Euro dando assim um suplemento de confiança aos mercados, criou uma bonança que vai voltar a ser testada com as eleições gregas que se aproximam.

 

Veremos se na próxima encruzilhada será possível dar aos contribuintes prioridade sobre os credores, fazendo do BCE um prestamista de último recurso, ou seja um garante da solvabilidade global da Zona Euro.

 

 No dia em que os contribuintes alemães forem chamados a salvar a Alemanha isso será possível e todas as barreiras desaparecerão, para que a solidariedade europeia funcione.

 

 Mas se se fizesse antes, muitos sacrifícios desnecessários poderiam ser evitados por essa Europa fora. Até os sacrifícios futuros dos que agora se deleitam a salvar os mais fortes e a punir os mais fracos.     

 
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