Reparar ou Reinventar?
2010/09/30 16:30
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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O mundo e em particular a economia mundial estão doentes. Os mercados financeiros padecem duma volatilidade desregulada. O desemprego aumenta ao mesmo tempo que muitas economias expõem fragilidades e a precariedade no acesso aos direitos básicos se vai tornando regra. A sustentabilidade ambiental é prejudicada pelo aquecimento climático e pela dramática redução da biodiversidade. Os povos revoltam-se e manifestam-se. A incerteza adensa-se e os riscos aprofundam-se.
Perante estes sintomas o que podemos fazer? Esperar, reparar ou reinventar?
Esperar não é uma opção credível porque o contexto económico mudou de forma estrutural com o desenvolvimento das novas tecnologias em rede. Por isso esta crise não é uma onda passageira. A omissão apenas levará a um acelerar da tendência.
Reparar ou seja tentar alterar a tendência é um esforço meritório e positivo mas que tem forte probabilidade de ser condenado ao insucesso, porque obrigaria a uma sincronização entre Países e instituições pouco provável em tempos de míngua e concorrência feroz. O que temos verificado aliás nos últimos tempos é um perigoso resvalar para as políticas nacionalistas e de fechamento, algumas delas roçando mesmo a xenofobia.
Na minha perspectiva estamos perante um daqueles desafios que nos convidam à reinvenção, ao arranque duma nova era, com reforço dos valores, novas soluções e novos modelos de organização social e económica.
Essa reinvenção ou seja a migração para um modelo de economia sustentável, organizado em rede, com base em comunidades descentralizadas, com produção acrescida de energias renováveis e partilha de recursos e conhecimentos usando as redes de banda larga de alto débito, é uma reinvenção que é boa para o mundo, mas constitui também o único cenário em que a Europa pode manter um modelo social digno e manter a sua competitividade à escala global.
E se a reinvenção é boa para a Europa e para o mundo, é ao mesmo tempo um grande desafio para Portugal. Somos um povo criativo, inovador e pioneiro. Somos melhores a criar de novo do que a reparar organizadamente o que perdeu equilíbrio. A história mostra que sempre fomos melhores nas grandes gestas do que nos pequenos percalços.
Esperar, reparar ou reinventar. Reinventar é o melhor para o mundo, para a Europa e para mobilizar de novo os portugueses para um projecto de ambição, crescimento e afirmação global.
As novas agendas estruturantes da nossa economia como a Agenda Digital, a mobilidade eléctrica ou o Plano Novas Energias são agendas de reinvenção. São um sinal de que o que aqui se propõe não é uma utopia. É só um despertar de vontades, porque despertos somos capazes de surpreender e de fazer acontecer um futuro melhor.
Perante estes sintomas o que podemos fazer? Esperar, reparar ou reinventar?
Esperar não é uma opção credível porque o contexto económico mudou de forma estrutural com o desenvolvimento das novas tecnologias em rede. Por isso esta crise não é uma onda passageira. A omissão apenas levará a um acelerar da tendência.
Reparar ou seja tentar alterar a tendência é um esforço meritório e positivo mas que tem forte probabilidade de ser condenado ao insucesso, porque obrigaria a uma sincronização entre Países e instituições pouco provável em tempos de míngua e concorrência feroz. O que temos verificado aliás nos últimos tempos é um perigoso resvalar para as políticas nacionalistas e de fechamento, algumas delas roçando mesmo a xenofobia.
Na minha perspectiva estamos perante um daqueles desafios que nos convidam à reinvenção, ao arranque duma nova era, com reforço dos valores, novas soluções e novos modelos de organização social e económica.
Essa reinvenção ou seja a migração para um modelo de economia sustentável, organizado em rede, com base em comunidades descentralizadas, com produção acrescida de energias renováveis e partilha de recursos e conhecimentos usando as redes de banda larga de alto débito, é uma reinvenção que é boa para o mundo, mas constitui também o único cenário em que a Europa pode manter um modelo social digno e manter a sua competitividade à escala global.
E se a reinvenção é boa para a Europa e para o mundo, é ao mesmo tempo um grande desafio para Portugal. Somos um povo criativo, inovador e pioneiro. Somos melhores a criar de novo do que a reparar organizadamente o que perdeu equilíbrio. A história mostra que sempre fomos melhores nas grandes gestas do que nos pequenos percalços.
Esperar, reparar ou reinventar. Reinventar é o melhor para o mundo, para a Europa e para mobilizar de novo os portugueses para um projecto de ambição, crescimento e afirmação global.
As novas agendas estruturantes da nossa economia como a Agenda Digital, a mobilidade eléctrica ou o Plano Novas Energias são agendas de reinvenção. São um sinal de que o que aqui se propõe não é uma utopia. É só um despertar de vontades, porque despertos somos capazes de surpreender e de fazer acontecer um futuro melhor.
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