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2016 - Um ano para lembrar

Não há ano que não seja lembrado, por boas e más razões, pelas pessoas, pelos povos e as nações. 2016 não será excepção. No plano global foi aliás um ano preocupante e perigoso.  Para  Portugal, este ano merecerá ser lembrado de forma positiva, quer no plano do que simbolicamente marcou a conjuntura, quer no plano daquilo que estruturalmente começou a mudar na nossa sociedade.

2016 foi o ano em que nos sagrámos pela primeira e única vez Campeões Europeus de Futebol em França. Foi também o ano em que  vimos um dos nossos melhores, António Guterres, ser escolhido para Secretário –Geral das Nações Unidas. Estas  marcas simbólicas, escolhidas de entre muitas outras,   deram -nos razões de  legítimo  orgulho e ajudaram -nos  a voltar a confiar na capacidade que os portugueses têm, quando acreditam que podem ir longe  e  realizar os seus sonhos. Acresce que quer o Presidente da República quer o Primeiro-Ministro  souberam com maestria aproveitar as oportunidades, desenvolvendo um discurso de  otimismo sustentado que  ajudou a cimentar a confiança para dar corpo ao início da  viragem estrutural que o País necessita.

Alguns sinais evidenciam que essa viragem estrutural já terá começado. Foram  sinais duma caminhada que exige continuidade e persistência, mas que fizeram de 2016  um ano bom para o País. Um sinal notável foi a resiliência duma solução de apoio ao Governo inovadora  e que alargou o quadro das opções disponíveis na nossa democracia, a qual, não deixando de ter fragilidades, tem mostrado uma forte resistência à infiltração por movimentos radicais e extremistas que já  contaminaram democracias com bem maior tradição.

Outro sinais com grande significado merecem destaque.  A melhoria dos resultados obtidos nos índices de aprendizagem, designadamente nas avaliações internacionais,  a afirmação duma rede forte e produtiva de empreendedores de nova geração, o reconhecimento da excelência da nossa capacidade criativa, das redes de inovação e dos centros de investigação, a capacidade de atrair novos investimentos, sobretudo de empresas já instaladas em Portugal e que por isso melhor podem avaliar as condições concretas de competitividade no País, a redução dos fluxos de emigração de jovens qualificados e o recomeço da atração de capital humano qualificado vindo de outros Países, são disso exemplo.

A viragem estruturar que 2016 indiciou precisa de consolidação,  persistência e avaliação permanente. O que conseguimos abre uma janela de oportunidade e de motivação, mas o mais importante  é o que formos capazes de continuar a fazer.  Se há um desejo e um sentimento que me inspiram nesta transição de ano, como cidadão, como português,  como professor e como representante político, é que tudo isto permita que os portugueses e em particular as  novas gerações,  possam ter uma vida com qualidade, digna e feliz.

Que possam um dia lembrar 2016 com um dos anos em que voltámos a sentir Portugal na linha da frente da descoberta de outros caminhos para o seu futuro e para o futuro da  humanidade.

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