Novo Ciclo (as razões de uma escolha para a liderança do PS
2011/06/13 19:50
| Correio da Manhã, Visto do Alentejo
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Participei com grande empenho e orgulho no ciclo político iniciado em 2005 e terminado nas eleições legislativas de 5 de Junho, liderado pelo Partido Socialista e tendo como seu Secretário-geral o Engenheiro José Sócrates.
A avaliação histórica dos ciclos políticos exige tempo e distanciamento. A minha firme convicção é que quando o tempo necessário para a análise fria e objectiva tiver passado, este ciclo será valorizado como um tempo em que Portugal enfrentou com dificuldade duas grandes crises financeiras globais, mas não obstante deu um enorme salto nas qualificações, na modernização das infra-estruturas e dos serviços públicos, na competitividade da economia, na diversificação dos mercados e na preparação das novas gerações para os desafios do futuro.
Engana-se quem pensa que José Sócrates passou à história. Fez história na forma como governou e na dignidade com que deixou de governar e por isso continua a ser um activo forte da nossa democracia.
O acto eleitoral de 5 de Junho marcou o início de um novo ciclo para Portugal e para o PS. O PS que foi bom governo, tem agora em nome do interesse nacional que ser uma boa oposição. E os sinais nesse sentido são convincentes. Quer António José Seguro quer Francisco Assis são dois excelentes candidatos a secretário – geral do PS, o que permite que os militantes do PS façam agora livremente a sua escolha na certeza que no dia seguinte estarão todos unidos em torno duma boa liderança.
Amigo e apreciador da enorme capacidade política de Francisco Assis decidi no entanto apoiar a eleição de António José Seguro para novo secretário – geral do PS. Alinharei aqui as duas principais razões da minha opção que são estritamente do foro político e estratégico.
Em primeiro lugar todos os líderes em democracia são líderes a prazo, dependentes do julgamento das bases e dos eleitores, mas o PS não pode iniciar este ciclo com um líder que seja visto como um líder de transição. A candidatura de Seguro parece-me mais consistente e preparada para resistir às dificuldades e preparar com tempo político a alternativa para a nova maioria socialista no final desta legislatura.
Em segundo lugar a ideia de um Novo Ciclo, lançada por José Sócrates na noite das eleições e como justificação da sua saída implica uma dinâmica de respeito pela obra feita mas de inovação na visão para o futuro. A Candidatura de Seguro parece-me também deste ponto de vista mais preparada para, sem rejeitar o património histórico do PS na sua globalidade, viver mais do novo do que da exaltação da obra feita. Obra muito meritória e honrosa mas que pertence já ao ciclo que terminou.
Em síntese. Os portugueses contaram com um bom governo do PS e poderão contar agora com uma boa oposição. Uma boa oposição que só terá a ganhar com um forte e leal debate interno donde sairá uma liderança forte e um Partido unido para exercer o mandato político que lhe foi atribuído pelos portugueses. Ser oposição ao novo Governo e preparar uma alternativa para o substituir quando assim decidirem os eleitores.
A avaliação histórica dos ciclos políticos exige tempo e distanciamento. A minha firme convicção é que quando o tempo necessário para a análise fria e objectiva tiver passado, este ciclo será valorizado como um tempo em que Portugal enfrentou com dificuldade duas grandes crises financeiras globais, mas não obstante deu um enorme salto nas qualificações, na modernização das infra-estruturas e dos serviços públicos, na competitividade da economia, na diversificação dos mercados e na preparação das novas gerações para os desafios do futuro.
Engana-se quem pensa que José Sócrates passou à história. Fez história na forma como governou e na dignidade com que deixou de governar e por isso continua a ser um activo forte da nossa democracia.
O acto eleitoral de 5 de Junho marcou o início de um novo ciclo para Portugal e para o PS. O PS que foi bom governo, tem agora em nome do interesse nacional que ser uma boa oposição. E os sinais nesse sentido são convincentes. Quer António José Seguro quer Francisco Assis são dois excelentes candidatos a secretário – geral do PS, o que permite que os militantes do PS façam agora livremente a sua escolha na certeza que no dia seguinte estarão todos unidos em torno duma boa liderança.
Amigo e apreciador da enorme capacidade política de Francisco Assis decidi no entanto apoiar a eleição de António José Seguro para novo secretário – geral do PS. Alinharei aqui as duas principais razões da minha opção que são estritamente do foro político e estratégico.
Em primeiro lugar todos os líderes em democracia são líderes a prazo, dependentes do julgamento das bases e dos eleitores, mas o PS não pode iniciar este ciclo com um líder que seja visto como um líder de transição. A candidatura de Seguro parece-me mais consistente e preparada para resistir às dificuldades e preparar com tempo político a alternativa para a nova maioria socialista no final desta legislatura.
Em segundo lugar a ideia de um Novo Ciclo, lançada por José Sócrates na noite das eleições e como justificação da sua saída implica uma dinâmica de respeito pela obra feita mas de inovação na visão para o futuro. A Candidatura de Seguro parece-me também deste ponto de vista mais preparada para, sem rejeitar o património histórico do PS na sua globalidade, viver mais do novo do que da exaltação da obra feita. Obra muito meritória e honrosa mas que pertence já ao ciclo que terminou.
Em síntese. Os portugueses contaram com um bom governo do PS e poderão contar agora com uma boa oposição. Uma boa oposição que só terá a ganhar com um forte e leal debate interno donde sairá uma liderança forte e um Partido unido para exercer o mandato político que lhe foi atribuído pelos portugueses. Ser oposição ao novo Governo e preparar uma alternativa para o substituir quando assim decidirem os eleitores.
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