Zona de Conforto
2011/03/20 12:26
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Aconteça o que acontecer no plano político nas próximas semanas e meses, a sociedade portuguesa saiu da saiu zona de conforto e novos sectores da sociedade estão mobilizados para a participação cívica como foi visível na manifestação da designada “geração à rasca” e tem sido evidente noutras movimentações atípicas geradas a partir das redes sociais ou da coligação de interesses específicos.
Uma sociedade desperta é em si mesmo e á partida uma boa notícia. As consequências finais desse despertar dependerão do sentido mais ou menos construtivo da mobilização e das consequências que dela resultarem.
As nossas características como povo são muito particulares. Somos mais afoitos a fazer grande gestos do que pequenas cedências. Mudamos mais facilmente de País do que de bairro. Tentamos pôr a criatividade em que somos abundantes ao serviço da desculpa para não fazer e só a colocamos ao serviço da solução quando não há outro remédio. Ora agora não há outro remédio. É preciso um movimento colectivo democraticamente enquadrado para respondermos com sucesso aos desafios. E acredito que o vamos conseguir fazer.
Saímos da zona de conforto. Muitos jovens e menos jovens que se manifestam primeiro contra as consequências da globalização tenderão depois do desabafo legítimo a tomar o destino nas suas mãos e a encontrarem novos modelos e novas respostas para um mundo que está a mudar vertiginosamente sob os seus olhos.
E essa consciencialização de que cada um de nós é parte da solução, quer pelo que faz quer pelo contexto democrático que gera, recuperará o interesse pela cultura política, pelo debate, pela tertúlia e pela participação activa, amplificada pelos novos instrumentos tecnológicos e de partilha.
O sucesso editorial dum livro de Tony Judt que já recomendei nestas crónicas (Tratado sobre os nossos actuais descontentamentos – Edicões 70) é um primeiro sinal dessa mudança. O grande historiador americano recentemente falecido propõe nesse livro um regresso à política com sensibilidade social e desenvolve uma matriz alternativa ao pensamento único que bebe muito na tradição socialista democrática europeia adaptada aos novos tempos.
Willy Brandt, antigo chanceler alemão dizia que um bom revolucionário aos 20 anos dava normalmente um bom social – democrata aos quarenta. Este pensamento de Willy Brandt é hoje mais do que uma esperança. É um imperativo!
Precisamos que os rebeldes e os revoltados de hoje se transformem rapidamente (sem ser preciso 20 anos!) nos protagonistas duma nova social-democracia moderna e global, alternativa à desregularão trágica neo-liberalismo selvagem que sobreviveu à crise e continua asfixiar sonhos, projectos de vida e ambições de justiça e equidade.
Aquilo que hoje traz para tantas e tão diversas gentes, convida-os também à acção consequente em torno de novas soluções e novos modelos triunfantes à escala europeia e à escala global.
Uma sociedade desperta é em si mesmo e á partida uma boa notícia. As consequências finais desse despertar dependerão do sentido mais ou menos construtivo da mobilização e das consequências que dela resultarem.
As nossas características como povo são muito particulares. Somos mais afoitos a fazer grande gestos do que pequenas cedências. Mudamos mais facilmente de País do que de bairro. Tentamos pôr a criatividade em que somos abundantes ao serviço da desculpa para não fazer e só a colocamos ao serviço da solução quando não há outro remédio. Ora agora não há outro remédio. É preciso um movimento colectivo democraticamente enquadrado para respondermos com sucesso aos desafios. E acredito que o vamos conseguir fazer.
Saímos da zona de conforto. Muitos jovens e menos jovens que se manifestam primeiro contra as consequências da globalização tenderão depois do desabafo legítimo a tomar o destino nas suas mãos e a encontrarem novos modelos e novas respostas para um mundo que está a mudar vertiginosamente sob os seus olhos.
E essa consciencialização de que cada um de nós é parte da solução, quer pelo que faz quer pelo contexto democrático que gera, recuperará o interesse pela cultura política, pelo debate, pela tertúlia e pela participação activa, amplificada pelos novos instrumentos tecnológicos e de partilha.
O sucesso editorial dum livro de Tony Judt que já recomendei nestas crónicas (Tratado sobre os nossos actuais descontentamentos – Edicões 70) é um primeiro sinal dessa mudança. O grande historiador americano recentemente falecido propõe nesse livro um regresso à política com sensibilidade social e desenvolve uma matriz alternativa ao pensamento único que bebe muito na tradição socialista democrática europeia adaptada aos novos tempos.
Willy Brandt, antigo chanceler alemão dizia que um bom revolucionário aos 20 anos dava normalmente um bom social – democrata aos quarenta. Este pensamento de Willy Brandt é hoje mais do que uma esperança. É um imperativo!
Precisamos que os rebeldes e os revoltados de hoje se transformem rapidamente (sem ser preciso 20 anos!) nos protagonistas duma nova social-democracia moderna e global, alternativa à desregularão trágica neo-liberalismo selvagem que sobreviveu à crise e continua asfixiar sonhos, projectos de vida e ambições de justiça e equidade.
Aquilo que hoje traz para tantas e tão diversas gentes, convida-os também à acção consequente em torno de novas soluções e novos modelos triunfantes à escala europeia e à escala global.
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