Tripla (Uma solução integrada para a Europa
2011/08/23 23:18
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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São vários os temas de actualidade a fervilhar no momento em que escrevo este texto e aos quais a ideia de tripla se podiam aplicar. Desde logo ao futebol e às guerras de arbitragem em Portugal ou às guerras de personalidades em Espanha. Neste momento, só com uma tripla se pode ter a certeza o que vai acontecer com o braço de ferro Sporting / Comissão de Arbitragem ou Mourinho versus Barcelona.
Também uma tripla daria muito jeito, não para saber se o regime de Kadaffi cai ou não, mas para perceber a sustentabilidade da solução de governo de transição e o impacto de todo este processo no mundo árabe, em particular na Síria.
Mas não é sobre essas triplas que escreverei hoje. Jogo antes numa arriscada tripla para o futuro da Europa. Uma tripla de compromisso, que como todas as triplas assegure que qualquer que seja o resultado se acerta sempre (ainda que o ganho seja repartido).
A tripla que proponho combina 3 acções que o Conselho e a Comissão Europeia deviam preparar e aprovar em simultâneo. O reforço do compromisso dos Estados Membros com o cumprimento das metas do deficit, a aprovação duma emissão significativa de dívida pública europeia e a consignação de pelo menos 50% desse financiamento a um programa europeu de crescimento e competitividade.
Uma aprovação simultânea destes três níveis de acção passaria a constituir um meta programa de referência para a resposta conjunta da União Europeia em geral e da zona Euro em particular aos desafios da crise das dívidas soberanas e da crise de crescimento e de criação de emprego.
Ao mesmo tempo esta tripla daria trunfos a Merkel e ao seu medo reflexo de qualquer pressão inflacionista, aos países mais endividados e asfixiados pela pressão dos juros e em particular abriria uma nova era de esperança para os cidadãos, mobilizando-os para uma afirmação da Europa na liderança e crescimento em áreas de inovação como as novas energias e o mercado único da energia, as redes de nova geração e o mercado dos conteúdos e as redes de proximidade e de resposta às necessidades das sociedades mais envelhecidas.
Não vou detalhar excessivamente a proposta para que não se perca o seu sentido. A União Europeia deveria jogar a muito curto prazo numa tripla. Recordo o 1X2; Reforço do compromisso dos limites aos deficits (constitucionalização?) e da cooperação reforçada no financiamento da economia e aposta num programa ambicioso de crescimento e emprego, que aliás está desenhado (Estratégia Europa 2020) mas que está longe de estar financiado.
O que acham os leitores desta tripla? Alguns preferiam um resultado específico. Eu também preferia um X2 no totobola, mas o 1 que aqui se propõe é um preço razoável a pagar por uma solução global. Vamos a ela?
Também uma tripla daria muito jeito, não para saber se o regime de Kadaffi cai ou não, mas para perceber a sustentabilidade da solução de governo de transição e o impacto de todo este processo no mundo árabe, em particular na Síria.
Mas não é sobre essas triplas que escreverei hoje. Jogo antes numa arriscada tripla para o futuro da Europa. Uma tripla de compromisso, que como todas as triplas assegure que qualquer que seja o resultado se acerta sempre (ainda que o ganho seja repartido).
A tripla que proponho combina 3 acções que o Conselho e a Comissão Europeia deviam preparar e aprovar em simultâneo. O reforço do compromisso dos Estados Membros com o cumprimento das metas do deficit, a aprovação duma emissão significativa de dívida pública europeia e a consignação de pelo menos 50% desse financiamento a um programa europeu de crescimento e competitividade.
Uma aprovação simultânea destes três níveis de acção passaria a constituir um meta programa de referência para a resposta conjunta da União Europeia em geral e da zona Euro em particular aos desafios da crise das dívidas soberanas e da crise de crescimento e de criação de emprego.
Ao mesmo tempo esta tripla daria trunfos a Merkel e ao seu medo reflexo de qualquer pressão inflacionista, aos países mais endividados e asfixiados pela pressão dos juros e em particular abriria uma nova era de esperança para os cidadãos, mobilizando-os para uma afirmação da Europa na liderança e crescimento em áreas de inovação como as novas energias e o mercado único da energia, as redes de nova geração e o mercado dos conteúdos e as redes de proximidade e de resposta às necessidades das sociedades mais envelhecidas.
Não vou detalhar excessivamente a proposta para que não se perca o seu sentido. A União Europeia deveria jogar a muito curto prazo numa tripla. Recordo o 1X2; Reforço do compromisso dos limites aos deficits (constitucionalização?) e da cooperação reforçada no financiamento da economia e aposta num programa ambicioso de crescimento e emprego, que aliás está desenhado (Estratégia Europa 2020) mas que está longe de estar financiado.
O que acham os leitores desta tripla? Alguns preferiam um resultado específico. Eu também preferia um X2 no totobola, mas o 1 que aqui se propõe é um preço razoável a pagar por uma solução global. Vamos a ela?
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