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Com Asas para Voar (Sobre o Pólo Aeronáutico de Évora)




 

A região de Évora é reconhecida como um importante Pólo Competitivo para a Indústria Aeronáutica, do Espaço e da Defesa no quadro nacional, europeu e global. O projeto de investimento da Mecachrome que prevê a criação de mais 300 postos de trabalho na produção de componentes para a indústria aeronáutica, assinado com a presença de Primeiro-ministro António Costa no dia 3 de Fevereiro foi mais um passo que confirmou que a consolidação de um Pólo Tecnológico e Aeronáutico em Évora tem asas para voar.

 

O caminho para aqui chegar não foi isento de dificuldades, mas em parceria foi sempre possível ultrapassar obstáculos e ir construindo o contexto favorável à atração destas indústrias de futuro para a cidade e para a região. Sem a preocupação de ser exaustivo, assinalarei alguns momentos chave que permitiram chegarmos até aqui.

 

No final do século passado, no quadro do PROALENTEJO, a que tive a honra de presidir, foi aprovado e concretizado o projeto de ampliação e requalificação do Aeródromo Municipal de Évora. Aquele espaço ganhou mais capacidade de receção de aeronaves de passageiros e de carga, tornou-se um espaço de referência para a prática de desportos aeronáuticos e viu ser nele instalada uma Academia de Pilotagem liderada na altura pela mais conceituada escola europeia (NLS) em parceria com a TAP.

 

Ainda no quadro do Proalentejo foi possível, em parceria com a ADRAL (Associação para o Desenvolvimento Regional do Alentejo) dotar a região dum anel de fibra ótica que foi determinante na atração futura de muitos investimentos.

 

Évora começou a ficar nos radares da indústria aeronáutica. A autarquia de Évora encontrou seguidamente as parcerias para sediar em Évora o “Portugal Air Show” que embora não tenha sobrevivido à crise financeira que assolou Portugal no final da primeira década deste século, teve um papel importante na afirmação da região como centro de atividades aeronáuticas. Ao mesmo tempo que esta imagem era criada, Évora foi reforçando o seu tecido tecnológico.

 

 Como Secretário de Estado da Inovação e Energia tive a oportunidade de lançar as bases da parceria e do projeto que viria a dar origem ao Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA). Esse parque é um sucesso reconhecido e inclui entre outras empresas e centros muito importantes, um Pólo do Centro de Excelência e Inovação na indústria Automóvel que é um dos parceiros tecnológicos da EMBRAER no desenvolvimento de novos produtos daquela empresa.

 

A EMBRAER é a “cereja no topo deste bolo”. Mas se não tivesse havido um trabalho muito competente e alargado na criação de condições para o investimento estruturante daquela grande empresa aeronáutica, não teria sido possível conseguir atrair para Évora o projeto.

 

 Recordo como se fosse hoje a conversa em Copenhaga no decurso da Conferência do Clima de 2009 que partilhei com José Sócrates, Lula da Silva e Dilma. Foram aí abertas as portas para reforçar a presença da EMBRAER, então já parceira das OGMA (Oficinas Gerais de Manutenção Aeronáutica) em Portugal. As portas foram abertas para Portugal mas foi Évora que com muito mérito conquistou o investimento. Temos asas para voar. Chegou o tempo de trazer mais e mais territórios para a aventura, sem nunca perder altitude e sem nunca perder atitude.     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

          

 

      
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