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Praxe e Poder



Não vou escrever sobre a tragédia do Meco, mas foi sem dúvida a profusa discussão provocada por essa tragédia que me motivou a partilhar convosco esta breve reflexão.

Quando entrei para a Universidade fui recebido por um programa cultural e social de recepção ao caloiro. Não fui praxado. Tive o gosto de presidir três anos mais tarde à Associação de Estudantes da minha Universidade. Era uma Universidade em crescimento. As festas de recepção ao caloiro foram-se tornando mais ricas e diversificadas, mas as praxes como as vejo hoje relatadas só terão começado anos depois. 

Fui praxado a sério já depois de licenciado, quando após fazer  o Curso de Preparação de Milicianos em Transportes (Boina Castanha) fui colocado em Cavalaria (Boina Preta) para o resto do Serviço Militar Obrigatório.

 A conquista da “Boina Preta” foi uma aventura inesquecível mas com muitos momentos na fronteira do razoável, mesmo para jovens militares. O meu segredo foi manter a sobriedade, mas muitos dos meus colegas de então que não a conseguiram manter viveram momentos complexos.

 Foi sobretudo no Serviço Militar Obrigatório de que guardo recordações muito positivas que me apercebi do risco de dar poder discricionário a pessoas que ainda não têm a maturidade para definir os seus limites. Deve ser essa a chave para podermos manter a tradição académica dentro daquilo que é saudável, positivo e integrador.

 
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