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Linhas Verdes

A crise sanitária em que estamos embebidos, continua a ter um impacto brutal na economia e na sociedade. Para além da prioridade absoluta que é continuar a construir e a disponibilizar respostas solidárias e de contenção de danos, este é o tempo de ancorar a esperança na definição de linhas de recuperação que sejam robustas e permitam corrigir as muitas iniquidades e deficiências estruturais que ficaram expostas.

No quadro da União Europeia e dos seus Estados - membros a reflexão estratégica e a elaboração de planos de ação têm mobilizado os atores políticos, económicos e sociais e o Parlemento Europeu como representante diretos dos povos da Europa não tem sido exceção.

De entre as muitas áreas em que tenho estado envolvido, destaco neste texto a elaboração pelo grupo dos socialistas e democratas que integro, de uma estratégia para a recuperação estrutural da indústria europeia. Como é normal nos documentos deste teor, após um assertivo diagnóstico são definidos objetivos a atingir, linhas vermelhas de erros que não se querem voltar a repetir e medidas a implementar.

A maior dificuldade em tornar as análises estratégicas operativas é a sua comunicação à sociedade civil, para que ela se envolva desde o início e se verifique uma renovação e uma maior abrangência nos protagonistas que serão fundamentais para a concretização.

Para isso julgo que o mais importante é destacar pela positiva as linhas verdes, ou seja, aquilo que todos podemos conseguir com uma nova estratégia industrial europeia progressista e inclusiva.

O que podemos ganhar todos se nos envolvermos com alma, coração e razão?  Desde logo um acesso generalizado aos benefícios da sociedade digital que tem que ser desenvolvida de forma inclusiva. 

Também um acesso a produtos de elevada qualidade produzidos no espaço europeu, com preços justos e transparentes, e a garantia de que as cadeias de produção fundamentais em casos de emergência não são capturadas por interesses internos ou externos. 

A requalificação dos trabalhadores e a criação de empregos resilientes e dignos e o prosseguimento da descarbonização para fazer face às alterações climáticas, às catástrofes naturais e ao aumento da poluição são também linhas verdes que juntos podemos transpor. Querer é poder. Poder é participar. Participar é fazer acontecer um futuro melhor.

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