“História com Magalhães”
2008/11/24 17:42
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Esta crónica conta uma história real e comovente. Um episódio que mostra bem como é injusta a forma como certas “elites” desprezam com sobranceria medidas que tocam fundo nos mais desfavorecidos e abrem oportunidades extraordinárias de inclusão social, como é o caso da distribuição do “Magalhães” pelos alunos do primeiro ciclo.
Seguia eu por uma rua de Lisboa quando fui abordado por uma mãe ainda jovem e com ar sofrido que me disse qualquer coisa como isto – “doutor, desculpe incomodá-lo mas quero dizer-lhe que este ano pela primeira vez os meus dois filhos vão ter uma prenda de Natal como sempre desejaram. Sinto-me feliz porque arranjei alguns euros e lhes pude proporcionar o “Magalhães” e eles agora já podem aprender como os outros colegas da escola já estudavam usando os computadores dos Pais e dos irmãos. Sabe … é que eu sou sozinha a trabalhar e não temos computador na nossa casa”.
Certifiquei-me qual era a escola e tratei de ver se a difícil logística da distribuição não iria frustrar o Natal dos filhos daquela simpática senhora. Fiquei aliás com este singelo episódio ainda mais sensibilizado para o risco que algum eventual erro, atraso ou menor empenho no circuito pode ter nas expectativas de muitas crianças.
A iniciativa Magalhães não é uma medida fácil. Muitas pessoas não perceberam que o maior valor acrescentado do processo não é a produção em Portugal de grande parte dum computador exportável (o que por si só já não seria pouco) mas sim a inovação no seu uso como uma ferramenta pedagógica com um potencial único para a disseminação do uso da informática em crianças dos 6 aos 11 anos.
Outras pessoas, pelo contrário, perceberam todo o espectro da iniciativa e são contra ela exactamente porque compreenderem o seu carácter progressista e reformador. O potente combate à fractura digital que o “Magalhães” promove é uma alavanca de inclusão social e uma garantia de maior igualdade de oportunidades. Com o seu impacto diminuirá o fosso gerado pelos diferentes ambientes de aprendizagem que rodeiam as nossas crianças, e contará menos o extracto social dos alunos nas condições para obterem sucesso no seu percurso educativo.
Fernão de Magalhães fez parte da história do mundo e da história de Portugal. Com o computador que ostenta o seu nome Portugal está a fazer História e muitas “histórias” como a que se conta nesta crónica estão a acontecer. “História com Magalhães” feitas de histórias que nos podem fazer ambicionar um futuro melhor!
Seguia eu por uma rua de Lisboa quando fui abordado por uma mãe ainda jovem e com ar sofrido que me disse qualquer coisa como isto – “doutor, desculpe incomodá-lo mas quero dizer-lhe que este ano pela primeira vez os meus dois filhos vão ter uma prenda de Natal como sempre desejaram. Sinto-me feliz porque arranjei alguns euros e lhes pude proporcionar o “Magalhães” e eles agora já podem aprender como os outros colegas da escola já estudavam usando os computadores dos Pais e dos irmãos. Sabe … é que eu sou sozinha a trabalhar e não temos computador na nossa casa”.
Certifiquei-me qual era a escola e tratei de ver se a difícil logística da distribuição não iria frustrar o Natal dos filhos daquela simpática senhora. Fiquei aliás com este singelo episódio ainda mais sensibilizado para o risco que algum eventual erro, atraso ou menor empenho no circuito pode ter nas expectativas de muitas crianças.
A iniciativa Magalhães não é uma medida fácil. Muitas pessoas não perceberam que o maior valor acrescentado do processo não é a produção em Portugal de grande parte dum computador exportável (o que por si só já não seria pouco) mas sim a inovação no seu uso como uma ferramenta pedagógica com um potencial único para a disseminação do uso da informática em crianças dos 6 aos 11 anos.
Outras pessoas, pelo contrário, perceberam todo o espectro da iniciativa e são contra ela exactamente porque compreenderem o seu carácter progressista e reformador. O potente combate à fractura digital que o “Magalhães” promove é uma alavanca de inclusão social e uma garantia de maior igualdade de oportunidades. Com o seu impacto diminuirá o fosso gerado pelos diferentes ambientes de aprendizagem que rodeiam as nossas crianças, e contará menos o extracto social dos alunos nas condições para obterem sucesso no seu percurso educativo.
Fernão de Magalhães fez parte da história do mundo e da história de Portugal. Com o computador que ostenta o seu nome Portugal está a fazer História e muitas “histórias” como a que se conta nesta crónica estão a acontecer. “História com Magalhães” feitas de histórias que nos podem fazer ambicionar um futuro melhor!
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