A força da Academia (A Universidade como espaço de resistência)
2012/01/14 17:13
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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No inicio dos anos oitenta tive o grato privilégio de ter sido coordenador da direcção da Associação de Estudantes da Universidade de Évora.
Eram tempos difíceis, em que num governo da AD (Aliança Democrática) um conjunto de jovens estudantes com uma matriz pluripartidária se juntaram para defender a sua Universidade, reinstalada pelo Governo Pintassilgo (E pelo eborense Manuel Pantoja Nazareth) contra ventos e marés, depois de em 1973 Veiga Simão ter criado o Instituto Universitário de Évora e de a seguir ao 25 de Abril esse Instituto se ter fundido com o prestigiado Instituto de Ciências Económicas e Sociais de Évora, gerido pela Ordem dos Jesuítas.
Recordo estas memórias depois de ler no Diário do Sul uma interessante entrevista com o novo Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, Paulo Figueira.
Não pude por questões de agenda estar na posse da nova equipa dirigente da Academia de Évora mas as palavras do seu novo líder pareceram-me de grande equilíbrio e sensatez, eivadas de pragmatismo e exigência de rigor.
Nos tempos em que liderei a Associação de Estudantes da Universidade de Évora a unidade era a questão decisiva. Por isso o slogan da então lista E era o sintomático “Vontade Própria, Meta Comum”.
Hoje, Paulo Figueira diz na sua entrevista ambicionar “marcar o pensamento” ou seja dar sentido profundo ao conceito de vanguarda e de esperança que a universidade não pode deixar de ser.
No último debate orçamental bati-me com algum sucesso relativo pela preservação da autonomia universitária. Fico contente como ex-aluno e actual docente da Universidade de Évora sempre que a minha Universidade dá passos em frente na sua relação com a Ciência, como o Conhecimento e com a Comunidade. Tenho particular esperança no sucesso do Pólo de Ciência e Tecnologia cuja sociedade gestora foi recentemente constituída.
As Universidades são um bastião do progresso e do futuro. A aprendizagem faz-se nas aulas mas também na vivência cívica que dá força à economia e à sociedade.
É com orgulho que tenho visto os meus filhos envolverem-se na vida académica das Universidades em que Estudam. O meu filho em particular é actualmente Vice-Presidente da Associação Académica da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. A força da academia é uma esperança para a força do País.
Tem o Diário do Sul o hábito de fazer grandes entrevistas a personalidades com impacto na região. Em boa hora entrevistou também o Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora. É um sinal de boa leitura dos sinais dos tempos.
Eram tempos difíceis, em que num governo da AD (Aliança Democrática) um conjunto de jovens estudantes com uma matriz pluripartidária se juntaram para defender a sua Universidade, reinstalada pelo Governo Pintassilgo (E pelo eborense Manuel Pantoja Nazareth) contra ventos e marés, depois de em 1973 Veiga Simão ter criado o Instituto Universitário de Évora e de a seguir ao 25 de Abril esse Instituto se ter fundido com o prestigiado Instituto de Ciências Económicas e Sociais de Évora, gerido pela Ordem dos Jesuítas.
Recordo estas memórias depois de ler no Diário do Sul uma interessante entrevista com o novo Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, Paulo Figueira.
Não pude por questões de agenda estar na posse da nova equipa dirigente da Academia de Évora mas as palavras do seu novo líder pareceram-me de grande equilíbrio e sensatez, eivadas de pragmatismo e exigência de rigor.
Nos tempos em que liderei a Associação de Estudantes da Universidade de Évora a unidade era a questão decisiva. Por isso o slogan da então lista E era o sintomático “Vontade Própria, Meta Comum”.
Hoje, Paulo Figueira diz na sua entrevista ambicionar “marcar o pensamento” ou seja dar sentido profundo ao conceito de vanguarda e de esperança que a universidade não pode deixar de ser.
No último debate orçamental bati-me com algum sucesso relativo pela preservação da autonomia universitária. Fico contente como ex-aluno e actual docente da Universidade de Évora sempre que a minha Universidade dá passos em frente na sua relação com a Ciência, como o Conhecimento e com a Comunidade. Tenho particular esperança no sucesso do Pólo de Ciência e Tecnologia cuja sociedade gestora foi recentemente constituída.
As Universidades são um bastião do progresso e do futuro. A aprendizagem faz-se nas aulas mas também na vivência cívica que dá força à economia e à sociedade.
É com orgulho que tenho visto os meus filhos envolverem-se na vida académica das Universidades em que Estudam. O meu filho em particular é actualmente Vice-Presidente da Associação Académica da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. A força da academia é uma esperança para a força do País.
Tem o Diário do Sul o hábito de fazer grandes entrevistas a personalidades com impacto na região. Em boa hora entrevistou também o Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora. É um sinal de boa leitura dos sinais dos tempos.
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