Tertúlia (Homenagem a Fausto Correia)
2011/10/09 22:23
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Por ocasião do quarto aniversário da morte de Fausto Correia (8 de Outubro) a Juventude Socialista e a Concelhia de Coimbra do PS desafiaram-me a animar uma tertúlia no café em que Fausto conspirou para afirmar a democracia e utilizou depois como o espaço público dos seus afectos e dos seus projectos políticos.
Foi uma homenagem bonita e muito marcante. Num tempo de redes sociais, de que sou um assíduo frequentador, foi emocionante partilhar um momento de debate único, à porta aberta, em que as pessoas iam entrando e saindo do café, bebendo uma bica ou uma imperial (a noite estava bem quente neste verão de S. Martinho antecipado) colocando uma questão, deixando um desabafo ou lendo um poema.
Muitos dos que entravam e saiam não eram do PS, outros estavam de passagem e foram ficando, muitos jovens estudantes aproximaram-se com curiosidade e outros eram meus amigos das redes virtuais que me quiseram conhecer ao vivo.
No fim senti que tínhamos conseguido formar a partir da memória e da modernidade um movimento efémero de gente mobilizada para ser protagonista dum futuro desejável.
Ocorreu-me na conversa uma ideia que partilho. Só uma grande cooperação à escala global permitiu decifrar o genoma humano. Temos hoje grandes esperanças de, a partir dessa descoberta, desenvolver novas condições para o bem-estar físico e emocional do ser humano. Temos agora um novo desafio. Decifrar o “genoma” dos mercados globais para neles podermos introduzir os genes da justiça, da solidariedade e da sustentabilidade.
Uma tertúlia é por natureza um espaço em que as pessoas são centrais. Assim devia ser também na economia mas de facto não é. Nas grandes equações macroeconómicas as pessoas são apenas uma variável para a formação dos indicadores agregados. Temos que combater este axioma dos tempos modernos, mudando a forma como olhamos a realidade e agindo de forma diferente em função disso (ou seja, aplicando o conceito com propriedade … mudando o paradigma!).
Uma tertúlia é um sinal dos velhos e dos novos tempos. A sociedade do conhecimento tem por base o indivíduo, e organiza-se através da competição egoísta ou da cooperação solidária. Uma tertúlia é uma estrutura do segundo tipo, própria duma visão de esquerda moderna em que o pensamento se pensa e o futuro se antecipa.
Fausto foi homenageado no seu terreno. Em todos os sentidos.
Foi uma homenagem bonita e muito marcante. Num tempo de redes sociais, de que sou um assíduo frequentador, foi emocionante partilhar um momento de debate único, à porta aberta, em que as pessoas iam entrando e saindo do café, bebendo uma bica ou uma imperial (a noite estava bem quente neste verão de S. Martinho antecipado) colocando uma questão, deixando um desabafo ou lendo um poema.
Muitos dos que entravam e saiam não eram do PS, outros estavam de passagem e foram ficando, muitos jovens estudantes aproximaram-se com curiosidade e outros eram meus amigos das redes virtuais que me quiseram conhecer ao vivo.
No fim senti que tínhamos conseguido formar a partir da memória e da modernidade um movimento efémero de gente mobilizada para ser protagonista dum futuro desejável.
Ocorreu-me na conversa uma ideia que partilho. Só uma grande cooperação à escala global permitiu decifrar o genoma humano. Temos hoje grandes esperanças de, a partir dessa descoberta, desenvolver novas condições para o bem-estar físico e emocional do ser humano. Temos agora um novo desafio. Decifrar o “genoma” dos mercados globais para neles podermos introduzir os genes da justiça, da solidariedade e da sustentabilidade.
Uma tertúlia é por natureza um espaço em que as pessoas são centrais. Assim devia ser também na economia mas de facto não é. Nas grandes equações macroeconómicas as pessoas são apenas uma variável para a formação dos indicadores agregados. Temos que combater este axioma dos tempos modernos, mudando a forma como olhamos a realidade e agindo de forma diferente em função disso (ou seja, aplicando o conceito com propriedade … mudando o paradigma!).
Uma tertúlia é um sinal dos velhos e dos novos tempos. A sociedade do conhecimento tem por base o indivíduo, e organiza-se através da competição egoísta ou da cooperação solidária. Uma tertúlia é uma estrutura do segundo tipo, própria duma visão de esquerda moderna em que o pensamento se pensa e o futuro se antecipa.
Fausto foi homenageado no seu terreno. Em todos os sentidos.
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