D.Juan (Crónica publicada na Revista Tabu /Sol)
2012/05/25 22:56
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D. Juan, o imponente Boxer nascido em Março de 2009 ainda não é o mais marcante animal de estimação da minha família e da minha vida mas para lá caminha.
Sempre tive uma forte ligação aos gatos. Os meus filhos juntaram à “família” Cães, Coelhos Anões, Porcos da Índia, Papagaios e Aves diversas, uma Égua e muitos peixes.
Hoje a prole, com a partida deles para os estudos universitários em Lisboa está mais reduzida, mas há por todo o lado muitas e boas memórias dos animais da família.
“Dora”, a cadela Boxer que nos acompanhou entre 1993 e 2008 e “Vasco” o meu gato de juventude, ocupam o pódio da lembrança. Mas D. Juan é o rei da bicharada e é sobre ele que vou escrever agora.
D.Juan deve o seu nome à conjugação da origem (oferecido por um criador espanhol) com a sua personalidade vincada e porte garboso, notório desde os primeiros tempos de vida. A sua chegada não foi fácil. A lembrança da dócil “Dora” ainda estava fresca e o D.Juan era um cachorro arisco e carente de toda a atenção.
D. Juan é um falso mau (alguns passantes ou visitantes ocasionais talvez duvidem desta avaliação) implacável com quem não conhece na guarda do seu território, mas duma ternura e “pieguice” extrema com quem conhece e lhe dá atenção (que é agora o seu bem mais escasso com a vida ocupada e algo dispersa de toda a família).
Brincalhão insaciável, não tem noção da sua força, ou talvez tenha! Brincar com ele ou mesmo passear é além do mais um exercício físico de grande exigência e algum risco. Já dei algumas quedas por arrastamento brusco e numa delas tive mesmo que recolher ao Hospital.
Mas esse momento, em que o D.Juan me viu prostrado e ensanguentado depois duma queda por ele involuntariamente provocada reforçou muito a nossa ligação. D.Juan ficou aterrado, preocupado e nos dias seguintes não me largou “pedindo” desculpa com todas as suas capacidades expressivas.
Na adversidade ligeira (e mais tarde numa adversidade maior, com a doença fatal do meu Pai que ele conhecia bem) tivemos mais juntos que nunca. É nos momentos difíceis que a dádiva incondicional dos animais de estimação e dos cães em particular é mais importante e marcante.
Expressividade é o que não falta a D.Juan. O seu olhar e o bailado do seu corpo expressam de forma muito marcada as alegrias e as tristezas. Sobretudo as alegrias das chegadas e as tristezas das partidas, que consegue antecipar com grande presciência.
Como bom “Espanhol” D.Juan adora petiscos embora mantenha uma boa relação com as rações e com os alimentos em geral.
É um grande adepto de todas as causas familiares juntando-se com grande alegria a todas as comemorações, as mais efusivas das quais são os golos do Sporting. Têm aliás um cachecol leonino que parece usar com satisfação sempre que surgem as (poucas) oportunidades.
Lamento que este texto não inclua uma entrevista ao D.Juan. Isto de falar pelos outros é sempre difícil.
Bem, eu sei que os cães não falam, ou pelo menos não falam como nós. Mas o D.Juan “fala” e fala muito. Por vezes difícil é tentar não perceber o que ele quer dizer.
D.Juan não é um cão resignado nem acomodado. Também não tinha a quem sair, pelo menos na família que o acolheu!
Sempre tive uma forte ligação aos gatos. Os meus filhos juntaram à “família” Cães, Coelhos Anões, Porcos da Índia, Papagaios e Aves diversas, uma Égua e muitos peixes.
Hoje a prole, com a partida deles para os estudos universitários em Lisboa está mais reduzida, mas há por todo o lado muitas e boas memórias dos animais da família.
“Dora”, a cadela Boxer que nos acompanhou entre 1993 e 2008 e “Vasco” o meu gato de juventude, ocupam o pódio da lembrança. Mas D. Juan é o rei da bicharada e é sobre ele que vou escrever agora.
D.Juan deve o seu nome à conjugação da origem (oferecido por um criador espanhol) com a sua personalidade vincada e porte garboso, notório desde os primeiros tempos de vida. A sua chegada não foi fácil. A lembrança da dócil “Dora” ainda estava fresca e o D.Juan era um cachorro arisco e carente de toda a atenção.
D. Juan é um falso mau (alguns passantes ou visitantes ocasionais talvez duvidem desta avaliação) implacável com quem não conhece na guarda do seu território, mas duma ternura e “pieguice” extrema com quem conhece e lhe dá atenção (que é agora o seu bem mais escasso com a vida ocupada e algo dispersa de toda a família).
Brincalhão insaciável, não tem noção da sua força, ou talvez tenha! Brincar com ele ou mesmo passear é além do mais um exercício físico de grande exigência e algum risco. Já dei algumas quedas por arrastamento brusco e numa delas tive mesmo que recolher ao Hospital.
Mas esse momento, em que o D.Juan me viu prostrado e ensanguentado depois duma queda por ele involuntariamente provocada reforçou muito a nossa ligação. D.Juan ficou aterrado, preocupado e nos dias seguintes não me largou “pedindo” desculpa com todas as suas capacidades expressivas.
Na adversidade ligeira (e mais tarde numa adversidade maior, com a doença fatal do meu Pai que ele conhecia bem) tivemos mais juntos que nunca. É nos momentos difíceis que a dádiva incondicional dos animais de estimação e dos cães em particular é mais importante e marcante.
Expressividade é o que não falta a D.Juan. O seu olhar e o bailado do seu corpo expressam de forma muito marcada as alegrias e as tristezas. Sobretudo as alegrias das chegadas e as tristezas das partidas, que consegue antecipar com grande presciência.
Como bom “Espanhol” D.Juan adora petiscos embora mantenha uma boa relação com as rações e com os alimentos em geral.
É um grande adepto de todas as causas familiares juntando-se com grande alegria a todas as comemorações, as mais efusivas das quais são os golos do Sporting. Têm aliás um cachecol leonino que parece usar com satisfação sempre que surgem as (poucas) oportunidades.
Lamento que este texto não inclua uma entrevista ao D.Juan. Isto de falar pelos outros é sempre difícil.
Bem, eu sei que os cães não falam, ou pelo menos não falam como nós. Mas o D.Juan “fala” e fala muito. Por vezes difícil é tentar não perceber o que ele quer dizer.
D.Juan não é um cão resignado nem acomodado. Também não tinha a quem sair, pelo menos na família que o acolheu!
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