Cínicos
2010/04/30 23:45
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Os cínicos não perdoam! Perante as dificuldades geradas pelo movimento especulativo concertado contra o Euro, iniciado pelo ataque selectivo e sistemático aos seus elos mais expostos, proclamam, talvez expectantes pela partilha das migalhas, que não se deve criticar os especuladores mas sim cumprir à exaustão os seus desejos até os afugentar saciados e enfastiados pela abundância do banquete.
Não tenho ilusões. Perante o actual quadro económico global Portugal e os outros países sobre pressão não têm outra alternativa senão tomar a mezinha receitada pelos “mercados”, e já que a têm que tomar devem fazê-lo rapidamente e a preceito.
Essa tem sido a base da resposta portuguesa com reflexos notórios no controlo de danos e na afirmação da capacidade de resposta do País e das suas instituições.
Esta aceitação realista não nos pode impedir no entanto de proclamar que o curandeiro é tosco e que o mundo se devia unir para encontrar um novo consenso baseado num modelo económico sustentável e humanista.
Um novo modelo construído por contraponto à turbulência predadora e aos raides financeiros que traçam o seu rasto sem vestígios de sentido ético ou consideração pela dignidade das pessoas que são envolvidas pelo turbilhão das medidas ditadas por uma cartilha que nenhum voto legitimou.
É difícil não ser tão obsessivo na análise e na resposta quanto o são os “mercados” na acção. O EURO não é apenas uma moeda. O EURO é o instrumento de política monetária e cambial duma comunidade de Países unidos por um projecto comum e por uma visão humanista e sustentável do desenvolvimento.
Os “mercados” não suportam uma “moeda com ideias” ao serviço duma comunidade com ideais. Mas os “mercados” somos nós! A nós compete lutar para mudar as suas regras e pressupostos.
O repto ao Euro está lançado e é sério. Ou se descaracteriza ou se sujeita á flagelação. O tempo e a forma do são tudo menos inocentes.
As coisas são como são. Só vencendo a batalha conjuntural, o EURO pode contra atacar e ajudar a criar as bases estruturais duma nova ordem económica mundial. Tudo isto é verdade e tudo isto recomenda determinação política na aplicação do Programa de Estabilidade e Crescimento.
Sejamos pois fortes e prontos na resposta. Na resposta aos “mercados” e na resposta aos cínicos. Na transformação dos “mercados” e na afirmação da ética. É preciso cumprir as regras para ter a margem de manobra necessária para as alterar.
São as duas faces duma mesma moeda. Da moeda que cimenta uma aliança política e económica com cinquenta anos de bons resultados e que somos agora chamados a defender na primeira linha da confrontação. Acredito que venceremos.
Não tenho ilusões. Perante o actual quadro económico global Portugal e os outros países sobre pressão não têm outra alternativa senão tomar a mezinha receitada pelos “mercados”, e já que a têm que tomar devem fazê-lo rapidamente e a preceito.
Essa tem sido a base da resposta portuguesa com reflexos notórios no controlo de danos e na afirmação da capacidade de resposta do País e das suas instituições.
Esta aceitação realista não nos pode impedir no entanto de proclamar que o curandeiro é tosco e que o mundo se devia unir para encontrar um novo consenso baseado num modelo económico sustentável e humanista.
Um novo modelo construído por contraponto à turbulência predadora e aos raides financeiros que traçam o seu rasto sem vestígios de sentido ético ou consideração pela dignidade das pessoas que são envolvidas pelo turbilhão das medidas ditadas por uma cartilha que nenhum voto legitimou.
É difícil não ser tão obsessivo na análise e na resposta quanto o são os “mercados” na acção. O EURO não é apenas uma moeda. O EURO é o instrumento de política monetária e cambial duma comunidade de Países unidos por um projecto comum e por uma visão humanista e sustentável do desenvolvimento.
Os “mercados” não suportam uma “moeda com ideias” ao serviço duma comunidade com ideais. Mas os “mercados” somos nós! A nós compete lutar para mudar as suas regras e pressupostos.
O repto ao Euro está lançado e é sério. Ou se descaracteriza ou se sujeita á flagelação. O tempo e a forma do são tudo menos inocentes.
As coisas são como são. Só vencendo a batalha conjuntural, o EURO pode contra atacar e ajudar a criar as bases estruturais duma nova ordem económica mundial. Tudo isto é verdade e tudo isto recomenda determinação política na aplicação do Programa de Estabilidade e Crescimento.
Sejamos pois fortes e prontos na resposta. Na resposta aos “mercados” e na resposta aos cínicos. Na transformação dos “mercados” e na afirmação da ética. É preciso cumprir as regras para ter a margem de manobra necessária para as alterar.
São as duas faces duma mesma moeda. Da moeda que cimenta uma aliança política e económica com cinquenta anos de bons resultados e que somos agora chamados a defender na primeira linha da confrontação. Acredito que venceremos.
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