Carta Rogatória
2009/02/08 13:23
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Vivemos em Portugal, além duma meteorologia baça que parece desafiar o tão propalado aquecimento climático, um duplo fenómeno bipolar.
O primeiro fenómeno bipolar é marcado pelo contraste entre o impacto da crise global que nos assola e deveria concentrar todas as atenções e esforços e o nevoeiro mediático focado em hipóteses e suspeições estranhas e esparsas, que por interesses que desconheço, têm vindo a ser entranhadas na nossa sociedade.
O outro fenómeno bipolar, mais positivo este, é a oposição entre o desânimo natural com as más notícias que nos chegam todos os dias e de todos os azimutes e a dinâmica com que a sociedade portuguesa continua mobilizada para a mudança e a promover diariamente eventos e iniciativas de grande mérito, como o demonstra o programa do ano Europeu da Criatividade e Inovação em Portugal.
Compreenderão por isso os leitores que me inspire num fenómeno da moda, para eu também emitir a minha carta rogatória. É uma carta simples e com um único objectivo. Contribuir para que mantenhamos o sangue frio e enfrentemos com determinação a tempestade económica agora em plena eclosão e as nuvens de política rasteira que insistem em soprar para cima das nossas cabeças.
Rogo em primeiro lugar aos portugueses para que não tomem a nuvem por Juno e não se dispersem do essencial. Que continuem a apostar na qualificação, na qualidade e na excelência. Que desenvolvam e densifiquem as redes solidárias que serão o embrião de potentes redes de valor quando a crise for ultrapassada.
Rogo também para que o ano eleitoral que se aproxima seja aproveitado para um debate profundo sobre o futuro da Europa, de Portugal e dos seus Municípios, reforçando a cidadania e lançando agendas políticas, programas e projectos adaptados aos novos desafios que o mundo enfrenta.
Rogo finalmente para que se reforce a confiança dos portugueses em si mesmos e nas suas instituições, como base para o fortalecimento da cidadania, da participação e da cooperação, pilares que fazem a diferença na competição entre Países e tornam mais fortes os povos e as sociedades.
Os resultados dos diferentes estudos internacionais mostram que Portugal deu nos últimos anos passos importantes para criar as condições estruturais para se poder desenvolver e progredir com rapidez nos próximos anos, assim que for restabelecido um patamar de sustentabilidade na economia mundial. No ranking europeu de inovação Portugal registou entre 2007 e 2008 um percurso surpreendente, ultrapassou entre outros a Grécia e a Itália e apanhou a Espanha na sofisticação inovadora da sua economia.
Vivemos tempos duros, mas em que temos razões para acreditar. Não nos deixemos por isso embalar pela espuma insensata com que teimam em fazer-nos desistir. Não há fumaça que uma boa rajada de vontade não permita vencer. Rogo para que essa rajada chegue depressa.
O primeiro fenómeno bipolar é marcado pelo contraste entre o impacto da crise global que nos assola e deveria concentrar todas as atenções e esforços e o nevoeiro mediático focado em hipóteses e suspeições estranhas e esparsas, que por interesses que desconheço, têm vindo a ser entranhadas na nossa sociedade.
O outro fenómeno bipolar, mais positivo este, é a oposição entre o desânimo natural com as más notícias que nos chegam todos os dias e de todos os azimutes e a dinâmica com que a sociedade portuguesa continua mobilizada para a mudança e a promover diariamente eventos e iniciativas de grande mérito, como o demonstra o programa do ano Europeu da Criatividade e Inovação em Portugal.
Compreenderão por isso os leitores que me inspire num fenómeno da moda, para eu também emitir a minha carta rogatória. É uma carta simples e com um único objectivo. Contribuir para que mantenhamos o sangue frio e enfrentemos com determinação a tempestade económica agora em plena eclosão e as nuvens de política rasteira que insistem em soprar para cima das nossas cabeças.
Rogo em primeiro lugar aos portugueses para que não tomem a nuvem por Juno e não se dispersem do essencial. Que continuem a apostar na qualificação, na qualidade e na excelência. Que desenvolvam e densifiquem as redes solidárias que serão o embrião de potentes redes de valor quando a crise for ultrapassada.
Rogo também para que o ano eleitoral que se aproxima seja aproveitado para um debate profundo sobre o futuro da Europa, de Portugal e dos seus Municípios, reforçando a cidadania e lançando agendas políticas, programas e projectos adaptados aos novos desafios que o mundo enfrenta.
Rogo finalmente para que se reforce a confiança dos portugueses em si mesmos e nas suas instituições, como base para o fortalecimento da cidadania, da participação e da cooperação, pilares que fazem a diferença na competição entre Países e tornam mais fortes os povos e as sociedades.
Os resultados dos diferentes estudos internacionais mostram que Portugal deu nos últimos anos passos importantes para criar as condições estruturais para se poder desenvolver e progredir com rapidez nos próximos anos, assim que for restabelecido um patamar de sustentabilidade na economia mundial. No ranking europeu de inovação Portugal registou entre 2007 e 2008 um percurso surpreendente, ultrapassou entre outros a Grécia e a Itália e apanhou a Espanha na sofisticação inovadora da sua economia.
Vivemos tempos duros, mas em que temos razões para acreditar. Não nos deixemos por isso embalar pela espuma insensata com que teimam em fazer-nos desistir. Não há fumaça que uma boa rajada de vontade não permita vencer. Rogo para que essa rajada chegue depressa.
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