A nossa década
2010/01/07 23:02
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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O Alentejo foi palco nas últimas semanas de 2009 de dois eventos de elevado significado; a adjudicação dum troço do Comboio de alta Velocidade Lisboa – Madrid incluindo a construção da nova estação Ferroviária de Évora e a assinatura do contrato de viabilização e arranque do Parque Alqueva, um dos mais emblemáticos empreendimentos turísticos associados ao empreendimento de fins múltiplos de Alqueva.
Foram dois passos de grande significado na concretização duma estratégia global definida entre 1995 e 1999 pelo governo liderado por António Guterres. Uma estratégia que arranca agora de forma determinada no contexto do segundo Governo de José Sócrates dando concretização ao programa eleitoral maioritariamente sufragado pelos portugueses em geral e pelos alentejanos em particular nas últimas eleições legislativas.
O caminho entre o lançamento da Estratégia e o seu lançamento em força não foi um trajecto fácil, intercalado que foi por uma década de dificuldades, com avanço lento entre 2000 e 2002, recuo forte em 2003/2004, retoma rápida entre 2005 e 2007 e novo abrandamento em 2008 e 2009 devido ao impacto da crise global.
Já aqui afirmei diversas vezes e volto a fazê-lo nesta crónica que a estratégia de desenvolvimento integrado do Alentejo, definida no final dos anos noventa do século passado e que hoje permanece actual, tem que ser concretizada e avaliada como um todo.
É fácil, por exemplo, criticar a reduzida procura do novo Aeroporto de Beja, quando se sabe que o seu sucesso depende da interligação com o interface ferroviário Sines – Europa, com o desenvolvimento dos múltiplos projectos turísticos aprovados para o Regolfo do Alqueva e para a costa alentejana e com o fluxo de pessoas e mercadorias que resultará desse novo patamar de desenvolvimento da região.
Vistas as coisas de outra forma, o novo Aeroporto de Beja, ultrapassadas as dificuldades técnicas que ainda o limitam será um fortíssimo factor de atracção para novos investimentos na Região, que complementem alguns de enorme peso já previstos na fileira turística, energética ou aeronáutica
Um projecto integrado de desenvolvimento só pode ser bem sucedido se for concretizado, explorado e avaliado de forma global e com uma boa sincronização entre os seus eixos e vectores. As duas últimas décadas permitiram um enorme salto qualitativo na estrutura de apoio social da nossa região. Dispomos hoje de uma rede de cuidados e de respostas sociais com elevada taxa de cobertura.
A progressiva sofisticação da base económica e social do Alentejo vai fazer da próxima década a nossa década. A década do Alentejo e dos alentejanos. A década em que a região estancará a hemorragia demográfica e voltará a crescer e em que os bons indicadores sociais e económicos se traduzirão em mais emprego e em mais oportunidades para os que aqui vivem e para os que aqui querem viver.
O leitor não acredita? Experimente a fazer parte da solução e verá que tudo isto acontecerá, não por conjunção astral, mas pela cooperação franca e confiante entre os homens e as instituições.
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Foram dois passos de grande significado na concretização duma estratégia global definida entre 1995 e 1999 pelo governo liderado por António Guterres. Uma estratégia que arranca agora de forma determinada no contexto do segundo Governo de José Sócrates dando concretização ao programa eleitoral maioritariamente sufragado pelos portugueses em geral e pelos alentejanos em particular nas últimas eleições legislativas.
O caminho entre o lançamento da Estratégia e o seu lançamento em força não foi um trajecto fácil, intercalado que foi por uma década de dificuldades, com avanço lento entre 2000 e 2002, recuo forte em 2003/2004, retoma rápida entre 2005 e 2007 e novo abrandamento em 2008 e 2009 devido ao impacto da crise global.
Já aqui afirmei diversas vezes e volto a fazê-lo nesta crónica que a estratégia de desenvolvimento integrado do Alentejo, definida no final dos anos noventa do século passado e que hoje permanece actual, tem que ser concretizada e avaliada como um todo.
É fácil, por exemplo, criticar a reduzida procura do novo Aeroporto de Beja, quando se sabe que o seu sucesso depende da interligação com o interface ferroviário Sines – Europa, com o desenvolvimento dos múltiplos projectos turísticos aprovados para o Regolfo do Alqueva e para a costa alentejana e com o fluxo de pessoas e mercadorias que resultará desse novo patamar de desenvolvimento da região.
Vistas as coisas de outra forma, o novo Aeroporto de Beja, ultrapassadas as dificuldades técnicas que ainda o limitam será um fortíssimo factor de atracção para novos investimentos na Região, que complementem alguns de enorme peso já previstos na fileira turística, energética ou aeronáutica
Um projecto integrado de desenvolvimento só pode ser bem sucedido se for concretizado, explorado e avaliado de forma global e com uma boa sincronização entre os seus eixos e vectores. As duas últimas décadas permitiram um enorme salto qualitativo na estrutura de apoio social da nossa região. Dispomos hoje de uma rede de cuidados e de respostas sociais com elevada taxa de cobertura.
A progressiva sofisticação da base económica e social do Alentejo vai fazer da próxima década a nossa década. A década do Alentejo e dos alentejanos. A década em que a região estancará a hemorragia demográfica e voltará a crescer e em que os bons indicadores sociais e económicos se traduzirão em mais emprego e em mais oportunidades para os que aqui vivem e para os que aqui querem viver.
O leitor não acredita? Experimente a fazer parte da solução e verá que tudo isto acontecerá, não por conjunção astral, mas pela cooperação franca e confiante entre os homens e as instituições.
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