Azia
2008/10/06 16:00
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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As dificuldades económicas que o País atravessa são o resultado da conjugação dum deficit competitivo estrutural com o impacto da crise financeira que assola o globo, em particular a Europa e os EUA. Perante esta realidade poucos são os que não reclamam, com argumentos legítimos, uma forte e consistente intervenção do Estado.
Não tenho dúvidas que em situações de disruptura grave, o Estado enquanto garante de estabilidade e equidade, deve intervir. A forma como deve fazer é um interessante assunto que merece reflexão e debate. Nacionalizar prejuízos e privatizar lucros como os EUA foram forçados a fazer não parece caminho aceitável. Recuperar o voluntarismo do total controlo público da economia também tem um passado com resultados pouco abonatórios. Em minha opinião, o Estado deve primeiro que tudo actuar nos fundamentos da competitividade e equidade da economia e não na espuma das suas dinâmicas.
Tem sido esta a orientação política que o governo português tem posto em prática. Perante um desafio económico estrutural, a resposta tem sido focada nos fundamentos da competitividade e da equidade. Os problemas da economia têm sido atacados não com paliativos económicos de curto prazo, mas sim com investimentos fortes na qualificação do território, das instituições e das pessoas.
A fragilização do poder económico dos indivíduos e das famílias em Portugal em resultado do seu endividamento e baixa qualificação média, tem que ser atacada com novas oportunidades de requalificação profissional, elevados padrões de qualidade no ambiente escolar e acesso generalizado ás novas tecnologias.
O problema é económico. A resposta é conhecimento prático capaz de gerar valor. Conhecimento que tem hoje as novas tecnologias como um veículo determinante, fazendo de políticas como a distribuição de computadores em todos os níveis de ensino, a requalificação profissional de adultos e o investimento na modernização das escolas, um pacote contra a crise económica bem mais consistente e justo que as injecções de capital à americana, que não estão ao nosso alcance e teriam um efeito efémero na nossa textura económica porosa, fluida e fortemente exposta ao exterior.
È neste quadro que tem que ser analisadas as apostas fortes que o governo tem feito na educação, quer seja na requalificação de adultos, quer seja na reorientação profissional de jovens e na criação de condições de aprendizagem nas escolas e no seio das famílias, compatíveis com os desafios dos novos tempos.
E é também neste quadro que tem que ser analisado a azia da oposição, em particular as abruptas proclamações de Pacheco Pereira contra estas medidas. Inteligente que é, ele compreende que o governo está no caminho certo e isso não é boa notícia para as ambições eleitorais do seu partido no próximo ano. Mas é boa notícia para Portugal e isso é que verdadeiramente interessa.
Não tenho dúvidas que em situações de disruptura grave, o Estado enquanto garante de estabilidade e equidade, deve intervir. A forma como deve fazer é um interessante assunto que merece reflexão e debate. Nacionalizar prejuízos e privatizar lucros como os EUA foram forçados a fazer não parece caminho aceitável. Recuperar o voluntarismo do total controlo público da economia também tem um passado com resultados pouco abonatórios. Em minha opinião, o Estado deve primeiro que tudo actuar nos fundamentos da competitividade e equidade da economia e não na espuma das suas dinâmicas.
Tem sido esta a orientação política que o governo português tem posto em prática. Perante um desafio económico estrutural, a resposta tem sido focada nos fundamentos da competitividade e da equidade. Os problemas da economia têm sido atacados não com paliativos económicos de curto prazo, mas sim com investimentos fortes na qualificação do território, das instituições e das pessoas.
A fragilização do poder económico dos indivíduos e das famílias em Portugal em resultado do seu endividamento e baixa qualificação média, tem que ser atacada com novas oportunidades de requalificação profissional, elevados padrões de qualidade no ambiente escolar e acesso generalizado ás novas tecnologias.
O problema é económico. A resposta é conhecimento prático capaz de gerar valor. Conhecimento que tem hoje as novas tecnologias como um veículo determinante, fazendo de políticas como a distribuição de computadores em todos os níveis de ensino, a requalificação profissional de adultos e o investimento na modernização das escolas, um pacote contra a crise económica bem mais consistente e justo que as injecções de capital à americana, que não estão ao nosso alcance e teriam um efeito efémero na nossa textura económica porosa, fluida e fortemente exposta ao exterior.
È neste quadro que tem que ser analisadas as apostas fortes que o governo tem feito na educação, quer seja na requalificação de adultos, quer seja na reorientação profissional de jovens e na criação de condições de aprendizagem nas escolas e no seio das famílias, compatíveis com os desafios dos novos tempos.
E é também neste quadro que tem que ser analisado a azia da oposição, em particular as abruptas proclamações de Pacheco Pereira contra estas medidas. Inteligente que é, ele compreende que o governo está no caminho certo e isso não é boa notícia para as ambições eleitorais do seu partido no próximo ano. Mas é boa notícia para Portugal e isso é que verdadeiramente interessa.
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