O Génio da Lâmpada
2009/07/16 14:48
| Malha Larga
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Nota explicativa: Este texto foi escrito como contributo para o projecto editorial "O Peixe Amarelo" coordenado por João Meneses, editado pela Pedra Angular e lançado dia 16 de julho pelas 19h30m no LUX em Lisboa.
Não é fácil o desafio de enumerar de forma consistente em 3000 caracteres, 3 propostas para um mundo melhor. Ainda se fossem trinta ou trezentas, espraiando-se por um largo ensaio, a coisa fazia-se à custa de muito esforço e reflexão aturada, mas fazia-se. Agora com apenas três ideias e uma página tudo fica mais simples e logo mais complexo e estimulante. Mãos à obra!
Tal como na história do génio da Lâmpada de Aladino, o perigo de pedirmos o acessório espreita em cada esquina. Não há uma ementa de milagres ou fórmulas mágicas para mudar o mundo e da qual possamos escolher as três propostas mais suculentas. Todas as soluções são percursos. Caminhos a percorrer de forma solidária e colectiva.
Um mundo melhor é um mundo com indivíduos mais felizes e comunidades mais fortes e solidárias. A minha primeira proposta é que todo o indivíduo tenha a opção de ser feliz, ou seja, aceda aos saberes, às competências e aos recursos necessários para definir com dignidade e liberdade o seu projecto de vida.
Isto implica uma revolução nas políticas públicas. O seu foco tem que ser a formação ao longo da vida e o acesso à informação e ao conhecimento, para que cada indivíduo defina o seu caminho. Um sistema educativo robusto, livre, criativo, fecundo, permanente, solidário, focado em ajudar os indivíduos a serem felizes e não apenas em serem úteis, eis a minha primeira proposta para um mundo melhor.
Num mundo global e conectado não há projectos de vida fechados e sustentáveis. A arquitectura de contexto é cada vez mais determinante. A minha segunda proposta é que todo o mundo seja interdependente, interconectado, desenhado segundo o princípio da proximidade global, conjugando máxima diversidade com máxima complementaridade. Esta proposta implica um novo foco geoestratégico. Um mundo multilateral, em rede, em que todas as partes são críticas e nenhum País ou território é descartável ou meramente supletivo.
E resta a última proposta ao génio da lâmpada que o João Meneses atravessou na minha caminhada! O terceiro pedido é o mais difícil porque pode anular os outros e depois já não há outro desejo disponível! Dedico-o a Portugal, não por patriotismo serôdio mas por convicção profunda. Acredito que num mundo com mais sentido de projecto e mais interdependente, Portugal como nação rede tem um papel mais muito importante a desempenhar. É esta a minha terceira proposta. Que Portugal se afirme de novo como uma centralidade global. Ganha o mundo e ganhamos nós.
PS: O Génio mandou-me a resposta por SMS. Dizia assim: “propostas aceites e desejos concedidos se o Homem quiser”.
Não é fácil o desafio de enumerar de forma consistente em 3000 caracteres, 3 propostas para um mundo melhor. Ainda se fossem trinta ou trezentas, espraiando-se por um largo ensaio, a coisa fazia-se à custa de muito esforço e reflexão aturada, mas fazia-se. Agora com apenas três ideias e uma página tudo fica mais simples e logo mais complexo e estimulante. Mãos à obra!
Tal como na história do génio da Lâmpada de Aladino, o perigo de pedirmos o acessório espreita em cada esquina. Não há uma ementa de milagres ou fórmulas mágicas para mudar o mundo e da qual possamos escolher as três propostas mais suculentas. Todas as soluções são percursos. Caminhos a percorrer de forma solidária e colectiva.
Um mundo melhor é um mundo com indivíduos mais felizes e comunidades mais fortes e solidárias. A minha primeira proposta é que todo o indivíduo tenha a opção de ser feliz, ou seja, aceda aos saberes, às competências e aos recursos necessários para definir com dignidade e liberdade o seu projecto de vida.
Isto implica uma revolução nas políticas públicas. O seu foco tem que ser a formação ao longo da vida e o acesso à informação e ao conhecimento, para que cada indivíduo defina o seu caminho. Um sistema educativo robusto, livre, criativo, fecundo, permanente, solidário, focado em ajudar os indivíduos a serem felizes e não apenas em serem úteis, eis a minha primeira proposta para um mundo melhor.
Num mundo global e conectado não há projectos de vida fechados e sustentáveis. A arquitectura de contexto é cada vez mais determinante. A minha segunda proposta é que todo o mundo seja interdependente, interconectado, desenhado segundo o princípio da proximidade global, conjugando máxima diversidade com máxima complementaridade. Esta proposta implica um novo foco geoestratégico. Um mundo multilateral, em rede, em que todas as partes são críticas e nenhum País ou território é descartável ou meramente supletivo.
E resta a última proposta ao génio da lâmpada que o João Meneses atravessou na minha caminhada! O terceiro pedido é o mais difícil porque pode anular os outros e depois já não há outro desejo disponível! Dedico-o a Portugal, não por patriotismo serôdio mas por convicção profunda. Acredito que num mundo com mais sentido de projecto e mais interdependente, Portugal como nação rede tem um papel mais muito importante a desempenhar. É esta a minha terceira proposta. Que Portugal se afirme de novo como uma centralidade global. Ganha o mundo e ganhamos nós.
PS: O Génio mandou-me a resposta por SMS. Dizia assim: “propostas aceites e desejos concedidos se o Homem quiser”.
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