Nova Pele (Colaboração e Inovação para Competir e Vencer)
2016/01/09 16:58
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Cumpriu-se no dia 1 de
janeiro deste ano o trigésimo aniversário da adesão de Portugal à União
Europeia, então designada como Comunidade Económica Europeia (CEE). O balanço
do percurso europeu de Portugal é francamente positivo.
Não podemos confundir a
crise dos últimos anos, decorrente da definição de receitas erradas no plano
europeu, aplicadas com o colaboracionismo ideológico do Governo PSD/CDS em
Portugal, com a globalidade de um percurso que nos afirmou em plenitude como
uma nação europeia projetada no mundo e como uma nação global integrada da
Europa.
Tal como o projeto
europeu, Portugal saiu ferido do experimentalismo económico baseado no
empobrecimento e na austeridade. Hoje, trinta anos depois da nossa adesão, é
mais uma vez tempo de sarar as feridas, endurecer a crosta da resiliência e
criar condições para que nasça uma nova pele social e económica, forte, justa,
digna e competitiva.
Essa nova pele tem que
obedecer a uma nova matriz de colaboração entre os agentes políticos,
económicos e sociais, de forma a conjugar conhecimento, tecnologia e inovação,
com identidade e capacidade de produzir bens e serviços geradores de riqueza,
emprego e crescimento.
Um pouco por todo o
País a sementeira, lançada no contexto do Plano Tecnológico, de promover redes
de eficiência coletiva, polos de competitividade, polos tecnológicos e redes de
incubadoras de novas empresas e negócios, começa a frutificar. Portugal é hoje
um destino reconhecido como território facilitador do lançamento de novos
produtos e novos negócios. Guimarães vai acolher este ano o Congresso
Mundial de Empreendedorismo e Inovação e Lisboa será sede nos próximos quatro
anos do maior encontro mundial de redes de inovação tecnológica (Web Summit). Estes
sintomas de que a nova pele está a nascer saudável, têm múltiplos reflexos no
terreno.
No dia 8 de Janeiro, antes de participar no
Mosteiro dos Jerónimos na cerimónia de início das comemorações dos 30 anos da
adesão de Portugal à então CEE, visitei no âmbito das minhas funções como
Eurodeputado com responsabilidades particulares nos domínios da indústria, da
investigação e da energia, diversas empresas e escolas do Cluster Tecnológico
de Aveiro e conheci os 22 embaixadores tecnológicos que no empreendedorismo, do
financiamento e na qualificação criam dinâmicas de excelência naquele
território. Um exemplo entre muitos outros, que demonstram como com colaboração
e confiança, podemos curar as feridas e enfrentar com nova pele os desafios do
futuro.
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