Agenda Digital - Uma agenda contra a crise
2010/09/26 23:55
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
| Link permanente
O Governo apresentou recentemente a Agenda Digital, como uma nova agenda de modernização da economia do País baseada no aproveitamento dos enormes investimentos que estão a ser feitos para dotar todo o território de acessos muito potentes às redes de comunicações de banda larga.
A Agenda Digital é uma agenda aberta que no seu arranque engloba 26 medidas mobilizadoras no reforço das redes e na sua disponibilização a todos os portugueses e na melhoria da qualidade da governação, do acesso à saúde, à educação e aos sistemas de transportes públicos de nova geração.
A designação Agenda Digital, ainda que adequada ao conteúdo e alinhada com a designação europeia, pode levar muitos cidadãos a pensar que é uma agenda para as elites e para os especialistas das tecnologias. Outros poderão também interrogar-se se será esta a agenda adequada ao momento económico que vivemos.
Embora seja suspeito na análise, dado o meu envolvimento na ideia, no seu desenho e desenvolvimento, considero que a Agenda Digital é uma ferramenta potente para melhorar a qualidade dos serviços públicos em Portugal e em simultâneo alavancar o nosso tecido económico e contribuir para que Portugal resolva com sucesso o desequilíbrio macroeconómico que o está a afectar.
Quando constatamos a necessidade de reduzir a despesa pública de forma substantiva (coisa para a qual as medidas simbólicas que muitos propalam não são mais do que isso – simbólicas) não falta quem sugira cortes na disponibilização de serviços essenciais no domínio do serviço nacional de saúde, da educação pública, dos serviços de cidadania e das redes de mobilidade com carácter social.
Há no entanto um caminho alternativo para reduzir a despesa não diminuindo a oferta de serviços. É o caminho da modernização, garantindo a disponibilização dos serviços de forma mais eficiente e por isso com menos custos. É esse caminho que a agenda digital e as novas tecnologias vão permitir.
Ao desenvolver novas soluções tecnológicas que convocam parcerias e consórcios entre os centros de saber e as empresas nacionais, abrem-se também enormes oportunidades de internacionalização e exportação dessas soluções e das ferramentas a elas associadas, criando emprego, riqueza e receita.
Algumas das linhas de desenvolvimento da agenda digital têm também um grande potencial na redução da dependência externa e em consequência das importações, de que é exemplo a aposta na mobilidade eléctrica e no carregamento de veículos com electricidade produzida a partir dos nossos recursos hídricos, eólicos e solares.
Em síntese, a Agenda Digital permitirá mobilizar a sociedade portuguesa e os seus agentes económicos para o desafio da redução da despesa pública sem quebra da qualidade dos serviços prestados, para o aumento das exportações e a redução de importações, ajustando os indicadores macroeconómicos cujo desajustamento está a tornar mais difícil a recuperação do País no actual quadro de crise global. É verdadeiramente uma agenda de interesse nacional e uma parte importante da solução para as dificuldades económicas e sociais com que nos confrontamos.
A Agenda Digital é uma agenda aberta que no seu arranque engloba 26 medidas mobilizadoras no reforço das redes e na sua disponibilização a todos os portugueses e na melhoria da qualidade da governação, do acesso à saúde, à educação e aos sistemas de transportes públicos de nova geração.
A designação Agenda Digital, ainda que adequada ao conteúdo e alinhada com a designação europeia, pode levar muitos cidadãos a pensar que é uma agenda para as elites e para os especialistas das tecnologias. Outros poderão também interrogar-se se será esta a agenda adequada ao momento económico que vivemos.
Embora seja suspeito na análise, dado o meu envolvimento na ideia, no seu desenho e desenvolvimento, considero que a Agenda Digital é uma ferramenta potente para melhorar a qualidade dos serviços públicos em Portugal e em simultâneo alavancar o nosso tecido económico e contribuir para que Portugal resolva com sucesso o desequilíbrio macroeconómico que o está a afectar.
Quando constatamos a necessidade de reduzir a despesa pública de forma substantiva (coisa para a qual as medidas simbólicas que muitos propalam não são mais do que isso – simbólicas) não falta quem sugira cortes na disponibilização de serviços essenciais no domínio do serviço nacional de saúde, da educação pública, dos serviços de cidadania e das redes de mobilidade com carácter social.
Há no entanto um caminho alternativo para reduzir a despesa não diminuindo a oferta de serviços. É o caminho da modernização, garantindo a disponibilização dos serviços de forma mais eficiente e por isso com menos custos. É esse caminho que a agenda digital e as novas tecnologias vão permitir.
Ao desenvolver novas soluções tecnológicas que convocam parcerias e consórcios entre os centros de saber e as empresas nacionais, abrem-se também enormes oportunidades de internacionalização e exportação dessas soluções e das ferramentas a elas associadas, criando emprego, riqueza e receita.
Algumas das linhas de desenvolvimento da agenda digital têm também um grande potencial na redução da dependência externa e em consequência das importações, de que é exemplo a aposta na mobilidade eléctrica e no carregamento de veículos com electricidade produzida a partir dos nossos recursos hídricos, eólicos e solares.
Em síntese, a Agenda Digital permitirá mobilizar a sociedade portuguesa e os seus agentes económicos para o desafio da redução da despesa pública sem quebra da qualidade dos serviços prestados, para o aumento das exportações e a redução de importações, ajustando os indicadores macroeconómicos cujo desajustamento está a tornar mais difícil a recuperação do País no actual quadro de crise global. É verdadeiramente uma agenda de interesse nacional e uma parte importante da solução para as dificuldades económicas e sociais com que nos confrontamos.
Comentários